Lideranças preveem dificuldades para votar reforma da Previdência

By | 10/02/2018 10:25 pm

 

(Agência Câmara)

 

A pressa do governo em votar a reforma da Previdência, um dos temas principais da mensagem do presidente Michel Temer ao Legislativo na abertura dos trabalhos de 2018, é considerada um desafio mesmo entres partidos aliados do governo. Já a oposição promete se mobilizar junto a alguns setores da população para impedir a aprovação da proposta, com manifestações de rua em todo o país e uma “obstrução radical” nas votações em plenário.

 

Para o vice-líder do PSD, o deputado paulista Herculano Passos, vai ser preciso muito diálogo com os parlamentares. “Eu não sei como é que o governo vai fazer para votar essa matéria que precisa de 308 votos. O nosso partido é um partido da base do governo e não está com uma grande maioria a fim de votar a reforma da Previdência”, afirmou.

O deputado Alessandro Molon (Rede – RJ) citou pontos da proposta que, segundo ele, prejudicam o trabalhador. “O aumento de 15 para 25 anos do tempo mínimo de contribuição, que vai excluir 8 em cada 10 brasileiros que se aposentam; a redução do valor da aposentadoria, já que as contribuições que serão consideradas para o cálculo do benefício serão todas e não apenas as 80% maiores, que é a regra hoje em dia”, enumerou.

 

Para o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que foi o portador da mensagem presidencial, o País não suportará mais dois anos de Orçamento sem que a Reforma da Previdência seja aprovada.

 

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) disse que priorizar uma reforma que, segundo ele, já está “esgotada”, não pode impedir a análise de outros projetos importantes.

 

“A gente deve caminhar para um ano apertado em função das eleições, só o primeiro semestre será produtivo, portanto, vamos tentar trabalhar reformas de interesse da sociedade, como a reforma tributária que discuta a questão da alíquota de ICMS entre estados, a chamada guerra fiscal em que existe sempre uma disputa”, defendeu.

 

Comentário do programa – A proximidade das eleições pode intimidar os deputados inclinados a obedecer ao Governo e votarem a reforma da Previdência. Mas, passadas as eleições, derrotados e reeleitos podem resolver faturar as vantagens que o Governo vem oferecendo e votarem para aprovar a reforma. (LGLM)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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