Jozivan Antero, no Patos Online
O diretor da 6ª Gerência Regional de Saúde (6ª GRS), José Leudo, foi o entrevistado na noite desta quarta-feira, dia 20, dentro do Programa Polêmica, levado ao ar pela Rádio Espinharas de Patos AM e FM. Por quase uma hora, o diretor discutiu sobre vários assuntos inerentes a saúde prestada pelo Governo do Estado da Paraíba na cidade de Patos e na região.
Dentre tantas perguntas esteve o Hospital Regional de Patos com seus problemas de estrutura e de atendimento. Leudo disse que reconhece que o Hospital precisa urgentemente de melhorias na sua estrutura, pois atende milhares de pessoas e necessitada de ampliação, reforma em setores essenciais e de recursos, mas criticou também os municípios pela falta de atendimento nos Postos de Saúde e no Programa de Saúde da Família (PSF) que acabam sobrecarregando o Hospital tornando os problemas ainda maiores.
“Já temos um projeto pronto para uma ampla reforma no Hospital Regional de Patos. Reconhecemos os problemas e não fugimos dele. Você sabe o que temos enfrentado, pois a demanda é sempre grande no hospital. Temos uma saúde precária nos municípios e tudo acaba vindo para cá. Não fugimos dos problemas e enfrentamos com dignidade. O que não temos condição é de fazer serviços que são dos municípios. Eles recebem para fazer o seu papel e não fazem. Como o povo não pode ficar sem atendimento busca o hospital”, relata José Leudo.
Perguntado sobre as duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) pertencente ao Município de Patos, uma localizada no Campo da Liga, Bairro da Liberdade e outra no Bairro do Jatobá, Leudo disse que pessoalmente não acredita que sejam inauguradas este ano. A UPA do Bairro Liberdade está para ser entregue a população desde 2010. De acordo com Leudo, a questão passa por vontade política para tal feito.
O diretor da 6ª GRS ainda relatou sobre a discussão em torno do fechamento da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal da Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos. Leudo disse que está havendo um remanejamento para adequação de espaço e para uma melhor utilização da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Vou buscar mais informações, pois tive conhecimento do fato agora à tarde, mas buscarei saber e trago respostas mais aprofundada”, disse Leudo.
Comentário do programa – Segundo constatamos em recente fiscalização, as obras das UPAS estão praticamente concluídas, mas falta equipá-las para que comecem a funcionar. O que parece haver é falta de interesse da administração municipal em colocar as UPAS em funcionamento. Se nem as unidades de saúde da família estão funcionando como deveriam, como a prefeitura vai fazer funcionar as duas UPAS que demandam muito mais profissionais da área de saúde. O mais cômodo e conveniente politicamente tem sido congestionar o Hospital Regional e criticar o Governo do Estado pelos problemas em seu funcionamento. Acrescente-se, entretanto, que não é só a prefeitura de Patos que falha no atendimento básico, congestionando o Hospital, dezenas de outros municípios da região agem da mesma maneira, congestionando não só o Hospital como a Maternidade e o Hospital Infantil. (LGLM)