(Folha, na quinta)
Pesquisa Datafolha finalizada nesta quarta-feira (3) mostra que as intenções de voto em Marina Silva (PSB) pararam de crescer, mas ela continua favorita em simulações de segundo turno.
Se o primeiro turno da eleição presidencial fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) teria 35% dos votos contra 34% da ex-ministra do Meio Ambiente, uma situação de empate técnico.
No levantamento anterior do Datafolha (28 e 29 de agosto), elas já estavam empatadas, cada uma com 34%. Naquela ocasião, porém, Marina vinha de um crescimento de 13 pontos em relação à investigação de 14 e 15 de agosto.
Na atual pesquisa, Aécio Neves (PSDB) tem 14%. Outros candidatos somam 4%. Indecisos ou dispostos a votar nulo ou em branco são 13%.
Na simulação de segundo turno, Marina vence Dilma por 48% a 41%. É uma vantagem um pouco mais estreita que a apurada na semana passada (50% a 40%).
Contra Aécio, Dilma vence o turno final por 49% a 38%. Neste caso, a distância está três pontos mais larga que a observada anteriormente.
Pela primeira vez, o Datafolha testou uma hipótese de confronto final entre Marina e Aécio. A candidata do PSB vence por 56% a 28%.
A estabilização das intenções de voto em Marina foram apuradas após alguns dias de críticas contra a candidata no noticiário, nos debates e na propaganda eleitoral.
As principais foram a respeito da substituição de trechos de seu programa de governo no capítulo sobre homossexuais. Um dia depois da publicação do material, Marina divulgou uma errata retirando o apoio ao projeto de lei que criminaliza a homofobia, entre outros pontos.
Nos debates e no horário eleitoral, Dilma e Aécio procuraram mostrar Marina como alguém com propostas inconsistentes e que teria pouco apoio no Congresso.
A propaganda do PT chegou a compará-la com Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello, presidentes que não concluíram o mandato.
Marina foi acusada ainda de plagiar em seu programa de governo trechos de um documento sobre direitos humanos elaborado no governo Fernando Henrique Cardoso.
O Datafolha também investigou a aprovação do governo Dilma. A situação é de estabilidade. Eleitores que julgam o governo bom ou ótimo passaram de 35% para 36%. A avaliação regular oscilou de 39% para 38%. A soma de ruim e péssimo recuou de 26% para 24%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos. Foram ouvidos 10.054 eleitores entre segunda (1º) e esta quarta. É um trabalho de campo mais recente que o da pesquisa Ibope recém-divulgada, cujas entrevistas foram feitas de 31 de agosto a 2 de setembro.