Eu não sabia que a Polícia Militar tinha tanto prestígio e voto em Patos capaz de dar a grande maioria alcançada por Ricardo Coutinho no município. Há alguns anos um representante da corporação, Marcos Eduardo, vem conseguindo se eleger, mas seu esforço pessoal tem-lhe ajudado mais do que o corporativismo. Outros representantes da categoria não têm conseguido sucesso. Onde a PM foi arranjar votos para contribuir com a maioria de nove mil votos alcançada por Ricardo? Não se tomou conhecimento de algum tipo de bagunça que tenha acontecido durante as eleições que possibilitasse copiosa mudança de votos. Que influência teria tido a pretensa parcialidade dos militares? A não ser que eles tenham cometido algum tipo de desobediência aos juízes eleitorais e seus fiscais.
Além do serviço mal feito que resultou no Canal dos Frangos, a Andrade Galvão deixou outros prejuízos na cidade de Patos. Ficou devendo mais de quatrocentos mil reais a empresas que prestaram serviços na recuperação do canal logo depois da enchente de 18 de março. A Givanilson da Pedreira Cordeiro ficaram devendo cinquenta e oito mil reais, a Beto Laurindo e sua Locadora de Máquinas e Equipamentos devem vinte e dois mil reais. E ficam empurrando o débito com a barriga alegando que quem deve pagar é a Prefeitura.
Muitas apostas existem em Patos com relação à maioria do segundo turno na cidade. Para alguns diminui a maioria de Ricardo, para outros aumenta. Na minha opinião, já manifestada aqui no programa de domingo, grande parte do PMDB já votou em Ricardo no primeiro turno e o que pode mudar o resultado é a migração dos eleitores que votaram em Vital no primeiro turno. Se forem, como parece, peemedebistas de carteirinha, que seguem a orientação partidária, poderão migrar em sua maioria para Ricardo, já que a direção do partido resolveu apoiar o governador no segundo turno. A nível local é mais fácil levar os peemedebistas a se juntar aos ricardistas do que levá-los a apoiar Cássio, por conta da rivalidade tradicionalmente existente. (LGLM)