(Jozivan Antero, no Patos Online)
O casal idoso Gilberto Fernandes de Lucena e Luzia Félix de Lucena, 70 e 63 anos, respectivamente, que residiam na Rua José Nunes Leite, Distrito de Santa Gertrudes, em Patos, estão vivendo em situação de precariedade após ter a casa demolida para construção de outra no mesmo local. A família foi contemplada dentro do projeto da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) na qual substitui casas de taipas por alvenaria.
Desde o dia 20 de agosto de 2014, o casal de idoso, que residia na casa com mais quatro pessoas, tiveram que desocupar a casa para dar lugar aos serviços de demolição e reconstrução de uma nova moradia, mas o que devia ser alegria virou pesadelo, pois agora a família está sem casa e vivendo em um casebre insalubre ao custo de R$ 180,00 pago pela Prefeitura Municipal de Patos através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Habitação.
Todo o material para construção da casa está em frente ao terreno. De acordo com informações, cinco casas foram contempladas na zona urbana de Santa Gertrudes, mas apenas a casa dos idosos ainda aguarda a retomadas dos serviços que foram paralisados sem uma explicação convincente.
A senhora Maria de Fátima Carlos, vizinha da casa demolida, disse que foi prejudicada com a obra, pois parte da residência dela foi afetada e desde então a chuva e o sol entram pelas frestas do telhado que teve a calha danificada.
O impasse, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Habitação, Everaldo Lima, é que a FUNASA não autorizou ainda a construção nos moldes que deseja a família, pois algumas medidas do terreno estão fora dos padrões. A planta teve que ser refeita e a secretaria está aguardando a autorização da FUNASA para dar reinício à obra, relatou o secretário. Everaldo disse ainda que nesta sexta-feira, dia 28, estará indo falar com a família para ver as condições de moradia temporária e as demais questões da obra.
“A gente só pediu para que alguns cômodos fossem maiores, pois o quarto que começaram a fazer não cabia nem uma cama. A casa da gente tinha parte de taipas, mas os cômodos cabiam nossas coisas”, diz Jucileide Félix, filha do casal.
Comentário do programa – Que a burocracia da FUNASA não sirva de desculpa para a insensibilidade dos órgãos da administração municipal. O casal de idosos não pode pagar pela incompetência dos administradores da coisa pública. (LGLM)