Quem paga o pato?

By | 06/12/2014 7:32 pm

(Marcos Tavares, colunista do Jornal da Paraíba)

Parece que é combinado. Todo candidato ao vencer as eleições e deparar-se com o quadro sinistro que encontrou – muitas vezes criado por ele mesmo – dispara petardos contra a quantidade de cargos, ameaça enxugar a administração e fundir órgãos como se não tivessem sido eles mesmos a criar tantos penduricalhos para agasalhar os correligionários. É essa mesma a tática de Dilma e aqui na Paraíba, de Ricardo, onde ambos já anunciaram medidas moralizadoras como se substituíssem outros mandatários e não eles próprios. Essa música já rodada não enche mais ouvidos nem vira sucesso. Com o passar dos tempos e a chegada de novas pretensões eleitorais, voltam os inúmeros cargos e as centenas de nomeados sem concurso apenas para colaborarem com seu voto como aconteceu na última eleição.
A Paraíba está com o teto da folha bem acima do que manda a prudência administrativa e o que querem os órgãos de controle. No Brasil temos um excesso de ministérios criados por Dilma e pelo seu PT para poder aquinhoar todos os partidos da chamada base com cargos federais. Não foram os funcionários nem o eleitor quem criou esses problemas, mas os próprios governantes que agora apontam medidas saneadoras como fossem elas a salvação da pátria. É tudo conversa de começo de gestão, tais como cortar o cafezinho e diminuir o número de veículos, tão ridículas e cansadas que não foram ainda nem levantadas. É com artifícios assim que se pretende reerguer o Estado e o país, com uma típica conversa de quem não sabe nada.
Como o Estado não corta gastos, a solução é aumentar tributos. Já disse o sainte Mantega que vai superfaturar os cosméticos e os importados. Os governadores do PT querem a volta da CPMF, uma imoralidade fiscal, e economistas apontam a volta do imposto sobre combustíveis. Como sempre, a medida primária é aumentar os tributos entregando ao brasileiro uma carga de impostos exagerada e absolutamente não compatível com os benefícios e serviços que o Estado entrega aos seus contribuintes em troca.

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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