(Jozivan Antero, no Patos Online)
Diante de um forte esquema de segurança solicitado pela presidência da Câmara Municipal de Patos, onde contou com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e demais policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), além de segurança privada, a maioria dos vereadores derrotou o 1º Projeto de Inciativa Popular do Município.
A sessão aconteceu na noite desta terça-feira, dia 16, e foi prestigiada pela sociedade civil organizada, cidadãos vindos de bairros distintos e pelos moradores da antiga Rua Vidal de Negreiros, atual João Bosco de Araújo, localizada entre o centro da cidade e Bairro Brasília.
O 1º Projeto de Iniciativa Popular recebeu mais de 4.000 assinaturas, entre as quais da prefeita Francisca Motta (PMDB), do Deputado Federal Hugo Motta (PMDB) e do Deputado Estadual eleito Nabor Wanderley (PMDB) e de tantas outras lideranças políticas da cidade.
Os membros da imprensa foram aconselhados a não adentrar no plenário durante a sessão. O fato causou estranheza entre os profissionais que fazem a cobertura das sessões, mas foi atendido.
Votaram contra o projeto: Isis Karla (PRTB), Inácio de Gelo, Jardelson Pereira (PV), Cláudia Leitão (PR), Nadirgerlane Rodrigues (PMDB), Ivanes Lacerda (PSD), Maurício Alves (PMDB) e Lucinha Peixoto (PCdoB). Entre os vereadores que votaram contra, alguns haviam se comprometido em votar favorável, mas mudaram de posição.
Votaram a favor: Toinho Nascimento (PV), Fernando Jucá (PT), Jefferson Melquiades (PMDB), Sales Júnior (PRB) e Diogo Medeiros (PSB).
Durante o seu pronunciamento, o vereador Ivanes Lacerda, autor do projeto que modificou o nome da antiga Rua Vidal de Negreiros para João Bosco de Araújo, e abriu precedente para que outras ruas sejam mudadas, disse que queria mudar também o nome da Rua 18 do Forte, mas mudou de opinião diante da repercussão.
A comissão de moradores da antiga Rua Vidal de Negreiros disse que a luta deve continuar, só que agora na justiça.
Comentário do programa – Com a consciência doendo os vereadores estavam com tanto medo do povo que pediram proteção policial. A nossa opinião sempre foi de que a comissão de moradores tomasse os dois caminhos ao mesmo tempo. Ingressassem na Justiça e fizessem a mobilização para o projeto de iniciativa popular. Nunca esperei respeito ao povo na maioria dos nossos vereadores. São totalmente divorciados da comunidade os motivos que dirigem os votos e manifestações da maioria deles. Nem esperávamos que a assinatura de Francisca, Hugo e Nabor no abaixo assinado fizesse qualquer diferença no comportamento dos edis. Afinal, Francisca, avó de Hugo e madrinha de Nabor, simplesmente “lavara as mãos” na hora de sancionar o projeto que se queria revogar. (LGLM)