Cunha diz que líder do governo é fraco e que ‘PMDB não trata mais com ele’ (*)

By | 24/01/2015 5:14 pm

(Folha na sexta)

Candidato à presidência da Câmara, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), partiu para o ataque nesta quinta-feira (22) contra o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), classificando-o de “fraco, desagregador e radical”.

As críticas do peemedebista foram uma resposta às declarações de Fontana afirmando que ele foi “infeliz” ao colocar na disputa a informação de que teria sido avisado por um suposto policial que integrantes da cúpula da Polícia Federal, a mando do governo, teriam forjado uma suposta gravação para incriminá-lo e desgastar sua candidatura.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. Fontana é um dos articuladores da campanha de Arlindo Chinaglia (PT-RS), um dos adversários do peemedebista.

“Fontana sempre foi um líder fraco, desagregador, radical em suas posições e que levou o governo a várias derrotas pelas suas posições. A bancada do PMDB na Câmara não reconhecerá mais a sua liderança e não se submeterá mais a ela”, afirmou o deputado pelo Twitter.

“O que é inaceitável é a sua interferência como líder do governo na eleição da Câmara. Ele se comporta como líder do PT no governo e não como líder de um governo que tem vários partidos na sua base”, completou.

Em entrevista coletiva, Fontana criticou a ameaça de Cunha de que, ao tomar lado na disputa na Câmara, o Planalto terá que administrar seus efeitos. “Foi uma frase infeliz. Ameaçar com sequelas não é nada democrático”, disse.

O petista afirmou que era inaceitável Cunha acusar a PF ou o governo pelo suposta gravação e classificou de “natural” ministros pedirem votos para os candidatos de seus partidos na corrida pelo comando da Câmara.

A PF abriu um inquérito. Horas depois, o delegado do caso foi à Câmara e se apresentou ao parlamentar. A fala irritou o Planalto e provocou críticas de entidades ligadas à polícia.

Diante das reações, Cunha ligou nesta quarta-feira (21) para o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) para dizer que não tomou como verdade a denúncia, que só defendeu apuração dos fatos.

Ele disse que agiu para tentar evitar que a gravação fosse divulgada e trouxesse desgaste para sua campanha.

Na gravação que motivou o embate –um diálogo entre dois homens– o nome de Cunha é citado. Um, que supostamente seria agente da PF, ameaça contar tudo o que sabe caso Cunha o abandone. O outro, que seria ligado a Cunha, tenta tranquilizá-lo.

Para o deputado, a ideia do diálogo seria mostrar que um deles seria o policial federal Jayme Alves de Oliveira, o Careca, investigado na Operação Lava Jato, sobre o esquema de desvios da Petrobras.

Análises preliminares da PF indicam que nenhuma das vozes do áudio é de Careca. No Paraná, núcleo da Lava Jato, a gravação vem sendo tratado com desconfiança e, segundo investigadores, chegou a provocar risadas.

A autenticidade da gravação só será confirmada após a conclusão dos trabalhos dos peritos da PF. Em média, o parecer final leva 30 dias para ficar pronto.

Comentário do programaEntão já teria acontecido a eleição da Mesa da Câmara e o Governo tem feito tudo para derrotar Eduardo Cunha. (LGLM)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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