(Folha do domingo)
Vivendo um verdadeiro inferno astral de começo de mandato, com medidas econômicas impopulares, apagão e disputas políticas, a presidente Dilma Rousseff tem optado pelo silêncio. A assessores, contudo, diz que o período de ajuste é necessário e deve durar dois anos.
É o tempo que Dilma considera como inevitável para arrumar a economia e enfrentar as turbulências políticas.
Ela tem dito estar convicta do caminho adotado, e tende a desconsiderar as críticas de que está isolada em suas decisões ou praticando estelionato eleitoral ao adotar medidas associadas à oposição.
Para a presidente, o principal ponto de preocupação do momento é outro: o efeito econômico da crise decorrente da Operação Lava Jato, que afeta diversas grandes empreiteiras com contratos agora sob suspeita com a Petrobras.
Auxiliares presidenciais dizem que o governo já estava preparado para receber críticas pelos ajustes necessários na política econômica, mas teme agora uma onda de demissões e quebra de empresas ligadas ao escândalo.
Este cenário não estava previsto e pode piorar a situação econômica do Brasil, que já não é boa e ainda pode contar com o efeito da crise hídrica em São Paulo -principal mercado consumidor do país.
Há receio de que as demissões na indústria naval, que já bateram em 12 mil cortes de vagas nos últimos dois meses, dobrem até o fim do ano.
Comentário do programa – Dilma vai colher o que plantou. (LGLM)