(Folha na sexta)
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assinou nesta quinta-feira (5) o ato de criação de uma nova CPI na casa para investigar as irregularidades na Petrobras.
O próximo passo será a indicação dos membros pelos partidos, seguida pelo agendamento da sessão de instalação da comissão. A CPI terá 27 integrantes e será dominada pela base governista, que vive um momento tenso o Planalto, após ter imposto uma grande derrota ao governo com a eleição de Cunha.
Os partidos que apoiaram a eleição de Cunha terão 11 vagas, sendo que neste grupo há partidos governistas e oposicionistas. O bloco do PT, que reúne PSD, PR e Pros, ficará com oito vagas. PSDB, PSB, PPS e PV terão direito a seis indicações. O PDT, que não fez aliança para a disputa do comando da Casa, ficará com uma vaga. Há ainda uma vaga de rodízio reservada para partidos nanicos.
O PMDB e o PT, as maiores bancadas, devem disputar o comando da CPI –sendo que cada um terá três vagas.
O presidente da Câmara disse que o PMDB tem preferência para escolher entre a presidência e a relatoria da CPI. A relatoria é o cargo mais cobiçado porque dá o ritmo das investigações e tem a atribuição de fazer o relatório.
Cunha disse não acreditar em um novo embate entre PT e PMDB pela direção dos trabalhos. O peemedebista afirmou ainda que os partidos terão até a próxima semana para indicar os integrantes da comissão, que passará a funcionar depois do Carnaval.
O governo é contra uma nova apuração sobre a estatal, pois acredita que isso poderia ampliar o desgaste da empresa e do Planalto, mas viu 52 deputados governistas viabilizarem o pedido para a CPI, ao lado da oposição.