PT fica sem cadeira na Mesa da Câmara

By | 07/02/2015 8:40 pm

(Folha da segunda)

Maior bancada da Câmara, o PT sai enfraquecido da disputa pelo comando da Casa após tentar impor uma derrota ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto do Palácio do Planalto.

Os petistas ficaram sem representantes nos outros dez cargos da Mesa Diretora e sem direito a escolher as três principais comissões.

A última vez em que o PT ficou sem cadeira na Mesa foi entre 2005 e 2007, na gestão Aldo Rebelo (PC do B-SP), mas ele era aliado dos petistas.

A nova ausência foi motivada pela estratégia para atrair aliados para a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP), loteando os cargos de direção. A sigla entregou as três vagas do bloco de apoio ao petista para PSD, PR e Pros.

Os cargos na Mesa dão visibilidade aos partidos e aos deputados que ocupam as vagas, pois tratam de questões como reajustes de benefícios para os congressistas.

O PT também perdeu peso nas comissões. O grupo de Cunha deve ficar com as comissões de Constituição e de Justiça e Finanças e Tributação, as principais, além de ter direito a mais uma escolha antes dos outros partidos.

Nesses colegiados, o presidente também define a pauta de votações, podendo acelerar ou retardar a discussão de matérias importantes.

Nas comissões são tratados, entre outros, pedidos de convocação de ministros e de explicações do governo.

O novo comando da Câmara tem dois deputados investigados no STF (Supremo Tribunal Federal): o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA) e o primeiro-secretário, Beto Mansur (PRB-SP).

Maranhão foi flagrado em ligações suspeitas com integrantes do esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão investigado na operação Miqueias, da Polícia Federal.

Mansur já foi condenado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) a pagar indenização de R$ 200 mil por dano moral coletivo.

A punição ocorreu, de acordo com o processo, em razão da constatação de trabalho escravo e de trabalho infantil em uma fazenda do parlamentar na cidade de Bonópolis, em Goiás.

Na época, o deputado federal negou que houve trabalho escravo. O caso também é analisado no STF.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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