Os feirantes que comercializam frutas, verduras e outros produtos na feira livre do município de Mãe d’Água-PB, estão comemorando o aquecimento nas vendas depois da pavimentação da rodovia PB-276, que liga a cidade ao vizinho município São José do Bonfim, no Sertão paraibano.
As feiras livres de Mãe d’Água acontecem todas as terças feiras e atrai dezenas de feirantes, tanto da cidade, como de outros municípios próximos. Esses feirantes aproveitam para vender vários produtos, muitos deles produzidos na própria região por agricultores familiares, como frutas e hortaliças. No entanto, a maioria dos feirantes é de outras cidades, principalmente de Patos-PB. Eles aproveitam para vender os produtos que não são produzidos na região, como panelas de alumínio, confecções e outros.
De acordo com o agricultor e feirante Manoel Inácio de Sousa, 46, natural da cidade de Teixeira-PB, e que todas as terças vêm à feira vender seus produtos hortifrutigranjeiros, depois da pavimentação da rodovia suas vendas aumentaram em torno de 20%. “Mesmo com o aumento dos preços dos combustíveis eu estou ganhando mais, já que economizo com o diesel e com peças de reposição da minha caminhoneta em que transporto os produtos, e que antes quebrava quase toda semana”, explicou o agricultor. Outro fator favorável apontado pelo agricultor/comerciante é com relação ao fluxo de pessoas no centro da cidade. “Depois do asfalto, muita gente que deixava de vir pra feira, agora vem”, comemorou.
Outro feirante que comemora o aumento nas vendas em sua banca de frutas, é José Ricardo Santos, 29, que disputa cada palmo da praça pública com outros feirantes. Segundo ele, com a pavimentação asfáltica da rodovia 276, também aumentou a concorrência, “Mas apesar disso, como também aumentou o número de clientes, as minhas vendas cresceram em mais ou menos 20%”. Comemorou Ricardo.
De acordo com a secretária de Assistência Social do município, Silvia Canuto, 29, a expectativa é a de que outras famílias que moram as margens da rodovia também devam se beneficiar com a criação de oportunidades de geração de renda com a abertura de pequenos negócios. “Acredito que em pouco tempo as famílias que moram nas margens dessa rodovia que nos tirou do isolamento, vão abrir pequenos negócios que vão desde o simples fiteiro, que vende pipoca e cigarros, até bares e restaurantes. Certamente isso vai contribuir para o desenvolvimento econômico e humano de nosso município”, espera Canuto.
De acordo com o secretário de infraestrutura do município, Rivaldo Campos, 42, com a pavimentação asfáltica da rodovia, o município conseguiu economizar cerca de 70% com a reposição de peças e troca de pneus dos veículos da prefeitura. “Para se ter uma ideia, antes da pavimentação, toda vez que uma ambulância saia daqui com uma pessoa doente, quando voltava á cidade nós tínhamos, no mínimo, que lavar o veículo, quando não, trocar os amortecedores que geralmente estouravam por conta dos buracos da estrada de terra”. Avaliou Campos.
Outro ganho importante para o município, de acordo com o tesoureiro do município, Ivam Monteiro de Oliveira, 55, foi o aporte financeiro que o erário público obteve com o pagamento de impostos, como o ISS – Imposto Sobre Serviços – feito pela empreiteira COSAMPA, responsável pela construção da obra. “Nós ganhamos com a acessibilidade, com a criação de vários empregos no município, mas, principalmente, com um reforço de mais de R$ 200.000 colocados cofres da prefeitura”, revelou Monteiro.
Por conta da facilidade de acesso à cidade, Mãe d’Água que fica distante de São José do Bonfim apenas 22Km; de Teixeira, 20Km e de Patos cerca de 35Km, outro setor que cresce é o do imobiliário. Segundo o corretor Marcondes Viana, 47, já existe uma procura grande por compra de terrenos e até sítios na Zona Rural. “Depois da construção da PB-276 os poucos terrenos disponíveis em Mãe d’Água se valorizam em pelos menos 50%. Como o relevo da cidade é geograficamente acidentado, e por tanto os terrenos planos são poucos, essa valorização deve aumentar ainda mais”, revelou o corretor que é natural da cidade de Mãe d’Água e que mantém escritório na cidade de Patos. “Já no distrito de Stª Mª Gorete, onde o relevo geográfico é mais plano, a oferta de terrenos para a construção de casas, e até de chácaras, deverá ser maior, mas nem por isso mais barato”, prevê Marcondes.
Já para a prefeita da cidade, Margarida Fragoso (Margarida Tota) “Essa rodovia não pulsa apenas o aquecimento da economia, mas principalmente, nossos sonhos de uma cidade próspera e grande. Esse sempre foi um sonho de quem considero o maior gestor desta cidade, Antonio Tota, e que agora a gente vê realizado graças ao governo do Estado”, enfatizou a chefe do poder executivo municipal. “Minha maior alegria é poder testemunhar esse grande feito que encurta distâncias, e por conseguinte, aproxima pessoas.” Finalizou.