(UOL Online 09/03/2015 02h00)
O caso foi detalhado pelo jornal “O Globo” no domingo (8). Em julho de 2011, a ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), atual prefeita da cidade de Rio Bonito (RJ), e o deputado Sérgio Britto (PSD-BA), então presidente do colegiado, formalizaram dois pedidos à comissão.
Num deles, requeriam ao Ministério de Minas e Energia informações detalhadas sobre contratos da Petrobras com a Mitsui. Ao TCU (Tribunal de Contas da União), na outra solicitação, pleiteavam acesso a eventuais auditorias.
A justificativa do documento remetido ao TCU aponta que “contratos envolvendo a construção, operação e financiamento de plataformas e sondas celebrados com o Grupo Mitsui contém especulações de denúncias”.
Entre as irregularidades, citavam “improbidade, superfaturamento, juros elevados, ausência de licitação”.
O texto cita o cotista Júlio Camargo, representante da Mitsui. Assim como Youssef, ele firmou um acordo de delação premiada e admitiu a participação no esquema.
OUTRO LADO
Cunha, em redes sociais, questionou neste domingo por que o Ministério Público não pediu abertura de inquérito contra Solange e Britto. O presidente da Câmara afirmou ainda não ter qualquer relação com os requerimentos apresentados por eles.
“Simplesmente não fiz qualquer representação e se, por ventura, outros parlamentares fizeram, por que, então, o procurador não pediu inquérito dos outros parlamentares?”, escreveu.
Desde que foi incluído no rol de investigados da Lava Jato, Cunha diz ser vítima de uma orquestração entre governo e Ministério Público. Ele nega irregularidades.
Britto afirmou que Cunha não lhe pediu nada e que apenas subscreveu os requerimentos para dar força à solicitação. “Fiz isso como fiz com vários outros pedidos”, disse.
Solange Almeida não respondeu às ligações da Folha.