A morte anunciada (*)

By | 02/05/2015 7:24 pm

(Marcos Tavares, colunista do Jornal da Paraíba)

A notícia da morte do brasileiro preso na Indonésia por tráfico de entorpecente reabre outra vez a discussão sobre a pena de morte e a competência do Estado para legislar sobre o direito de viver dos cidadãos. Sou visceralmente contra a pena de morte por vários motivos. O primeiro é de razão espiritual. Não acho que ninguém nem nenhuma instituição tenham poder de vida ou morte sobre seu semelhante. Segundo por que a pena, em toda sua ferocidade não inibe ou diminui o crime e os criminosos como provam a sociedade americana e a chinesa, mais contumazes na prática da pena capital.
A Indonésia resolver endurecer o jogo contra traficantes e instituiu a pena de morte como castigo para quem leva drogas ao país. É um direito da Indonésia legislar sobre seus assuntos, mas como a pena se aplicou e se aplica a muitos estrangeiro a morte criou um clamor internacional, principalmente nos países que tem seus cidadãos na lista da morte.        No caso do Brasil, dois traficantes já foram fuzilados num curto espaço de tempo e todos os dois pelo delito de contrabando de drogas. Não adiantaram apelações de advogados, família ou governo. A Justiça da Indonésia parece disposta a fazer desse comportamento um aviso ao tráfico mundial para que evitem seus portos e aeroportos.
Há que se convir que a gravidade do crime cometido, apesar do perigo que representam as drogas, não é compatível com a dureza das sentenças emitidas normalmente aplicadas em crimes cruéis e chacinas. Com esse comportamento a Indonésia pode até afastar os traficantes de suas ilhas, mas ela própria se afastará do mundo civilizado como um país que executa de método bárbaro seus prisioneiros, que não ouve um clamor mundial contra sua atitude. Isso trará reflexos para a economia da Indonésia a longo prazo, pois a sucessão de mortes anunciadas horroriza o mundo.

Comentário do programaSomos contra a pena de morte, já que, uma vez aplicada, não pode ser reformada. E o homem pode falhar nos seus julgamentos. Mas o crime do tráfico de drogas para nós é um dos piores que existem e merece que as penas aplicadas a estes criminosos sejam as mais severas. Você já pensou quantas pessoas morrem em consequência do uso de drogas? Por isso o traficante se torna várias vezes assassino pois ele contribuiu para que estas pessoas morressem, (LGLM)

Comentário

Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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