(José Augusto Longo, no Patos Online)
A Paraíba não é a mãe da criminalidade
Francamente eu não sei se as leis brasileiras no que tange à punição aos crimes às pessoas e ao patrimônio, não existem, ou, se existem, são frouxas e, assim sendo, não cumprem a verdadeira finalidade para as quais foram editadas. A verdade é que, nesse clima de violência que hoje impera, a bandidagem está vencendo com mais facilidade o jogo, do que a seleção da Alemanha contra o Brasil, na Copa do Mundo. E bota sete a um nisso!
As polícias, pelo menos aqui na Paraíba, vêm cumprindo, com fidelidade o seu papel de prender bandidos, sejam eles grandes ou pequenos, ou seja, maiores ou menores de idade. Aqui em Patos, por exemplo, não há quase nenhum crime insolúvel. Em sua quase totalidade, foram desvendados; ou têm seus autores já presos, ou com autoria conhecida. No caso dos menores, para gáudio dos defensores da impunidade, e aí é onde reside o problema, estes são levados às autoridades e, na grande maioria dos casos, soltos imediatamente, ou com a desculpa de que não possuímos local adequado para mantê-los, ou, pura e simplesmente, porque o Eca, caduco aos vinte e cinco anos, assim determina, fazendo com que a polícia fique a enxugar gelo, prendendo e soltando, soltando e prendendo, enquanto esses perigosos marginais, em sua quase unanimidade, voltam às ruas, via de regra, para continuarem a cometer os mesmos delitos. Já foi registrado caso em que o mesmo menor, solto após assaltar um transeunte e portando um revolver 38, tomando-lhe a motocicleta, no fim da tarde, assassinar, no dia seguinte, pela manhã, um cidadão que transitava pela Rua do Prado, em seu veículo.
Dizem os ardentes defensores desses coitadinhos, baseados não sei em qual estatística, que a percentagem no Brasil, de crimes cometidos por menores, é pouco acima de um por cento. Certeza nós temos de que tais pesquisadores não andaram por estas bandas, pois, se assim tivesse ocorrido, verificariam que, pelo menos aqui, este índice, infelizmente, é superado, em muito.
Mas, deixemos os inocentes garotinhos de lado, para não prejudicarmos o seu sossegado sono após o almoço, para falar sobre o crime, de forma generalizada.
O advento da droga, sobretudo do craque, que é mais barato e, portanto, mais acessível, multiplicou imensamente os crimes no Brasil. Para quem lê jornais, vê televisão ou visita os milhares de blogs nacionais, sabe que a criminalidade, seja praticada por maiores ou menores, não é privilégio deste ou daquele Estado. Nos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonta, assim como nas maiores capitais nordestinas como Fortaleza, Recife e Salvador, como também nas demais cidades, sejam grandes ou pequenas, são alarmantes os tais índices. O negócio é “universal”, e somente leis bem fortes poderão, se não coibir completamente, pelo menos diminuir drasticamente a ação dos bandidos.
A pergunta que faço aqui, sem a mínima intenção de defender ou jogar confetes, é a seguinte: por quê, se a criminalidade é “universal”, as oposições maliciosamente, acusam tanto o governador Ricardo Coutinho, pelos crimes cometidos na Paraíba? Será que eles não acompanham os noticiários nacionais, ou é por pura dor de cotovelo, por terem perdido uma eleição onde o povo disse não a lorota e a preguiça, apostando na pouca conversa e no trabalho? Ora, fosse a criminalidade propriedade única do nosso Estado, nem precisava ser Ricardo, o governador. Carecia, apenas, ser um Cássio qualquer da vida para bani-la por um todo. Bastava, que se solicitasse forças nacionais que, juntamente com a nossa briosa polícia, cercariam o nosso território e, facilmente, prenderiam todos os malfeitores. Fácil, fácil, não era? Mas, como os maldosos opositores não querem ver o óbvio, deitam falação e não ajudam, com os altos cargos que exercem, a buscar soluções para o grave problema, que é nacional.
Claro, que não somente o endurecimento das leis influenciariam no problema da violência. Urge, também, que os governos invistam em outros flancos, tais como a criação de emprego e renda, dando a oportunidade de que, ao invés do cidadão se bandear para o crime, tenha, ele mesmo a oportunidade de ter uma renda para que assim possa, por seus próprios meios, sustentar-se, bem como manter a família. Outro fator preponderante é a educação. Nos países desenvolvidos, onde a educação é, de fato, prioridade, os índices de criminalidade, sobretudo na juventude, são bem menores. No Brasil a educação é encarada praticamente em segundo plano, quando o Poder central, sem normas mais efetivas, distribui verbas que, infelizmente, por falta de um critério pré-determinado e, por desonestidade da maioria dos gestores é mal aplicada ou desviada para os seus bolsos.
Portanto, está claro, que a culpa pela violência não é do atual Governo estadual. Quem quiser pode pesquisar junto às nossas polícias, o investimento que a atual administração tem feito no sentido de moderniza-las. Veículos novos, armas modernas, munição, artigos de proteção pessoal, melhoria salarial, enfim, uma gama de providências que tem dado à Segurança Pública, as condições para agir em defesa da sociedade, que, somente os maus perdedores não ousam reconhecer.