(Jozivan Antero, no Patos Online)
O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Agentes de Trânsito da Paraíba (SINATRAN-PB), Antônio Coelho, foi o entrevistado desta segunda-feira, dia 13, no Programa Polêmica, levado ao ar de segunda a sexta-feira das 18 às 19h00 pela Rádio Espinharas de Patos. Coelho, que é Agente de Trânsito em Patos, falou sobre mobilidade urbana e outros temas relevantes envolvendo as discussões em torno do trânsito.
Antônio Coelho é um dos mais respeitados Agentes de Trânsito no país e foi eleito em Brasília para representar a sua categoria também como presidente da Associação dos Agentes de Trânsito do Brasil (AGT-Brasil). Durante a entrevista, o presidente fez críticas a Superintendência de Trânsito e Transporte Públicos (STtrans) pela ausência de um reboque, pois, de acordo com Coelho, a falta do equipamento tem prejudicado o serviço de remoção de veículos que estacionam de forma irregular.
Com uma frota que já ultrapassa os 40.000 veículos registrados e tendo mais de 1.200 mototaxistas, além de centenas de taxistas e os taxis-lotação, a cidade de Patos ainda almeja o retorno do transporte coletivo de passageiros em ônibus. Para Coelho, da forma que está atualmente o trânsito, a vinda de transporte coletivo só se daria através da iniciativa da própria Prefeitura Municipal de Patos. “Na forma que está acho muito difícil, embora goste de ser otimista! Mas sendo bem sincero: transporte coletivo em Patos só prospera se for o próprio poder público colocando esses ônibus”, diz Coelho sobre o transporte coletivo na cidade.
Sobre a desobstrução das vias públicas, Antônio Coelho disse que a responsabilidade é da STtrans. Vários ouvintes ligaram para o “Polêmica” se queixando de problemas no trânsito, no entanto, o presidente disse que ao que compete aos Agentes de Trânsito vem sendo realizado o trabalho, mas que o órgão tem que contribuir mais.
Comentário do programa – Transporte público gerido pelo próprio poder público seria o ideal se o poder público no Brasil não tivesse uma tradição de administrar mal. A tendência da empresa pública é virar cabide de emprego e centro de incompetência. Mesmo empresas nacionais como Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios e Banco do Nordeste sofrem interferências políticas danosas ao seu bom funcionamento. Outro caso recente é o a maior empresa pública do Brasil a Petrobrás, onde políticos e administradores indicados por eles “pintavam e bordavam”. O que a Prefeitura de Patos tem que fazer é organizar os serviços de táxis e mototáxis de modo que eles não pratiquem concorrência desleal com a empresa de ônibus. Garantir a lucratividade da empresa de ônibus com subsídios que cubram ou renumerem as gratuidades. Organizar o serviço de emissão e venda de vale-transporte para que os trabalhadores e estudantes passem a utilizar os vales nos seus deslocamentos através de ônibus. (LGLM)