A cidade de Patos já está apta a realizar o recadastramento biométrico, que é o processo de atualização dos dados constantes do cadastro eleitoral, com o objetivo de implantar a identificação de cada eleitor através de impressão digital e fotografia. A implantação no país vem sendo gradual, já que é necessário convocar todo o eleitorado para a revisão biométrica.
Segundo o desembargador João Alves da Silva, presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) impôs a obrigação de que sejam cadastrados biometricamente 818 mil eleitores em vários municípios, entre eles a cidade de Patos. Em média serão recadastrados 916 mil eleitores nas 26 zonas eleitorais que compreendem 98 municípios.
“Como não temos muitos recursos, nem pessoal nem material, estamos pedindo a colaboração dos senhores prefeitos desses municípios para que nos concedam locais e servidores para nos auxiliar nesse recadastramento. Na sede nós temos até o mês de março para concluir, e nos municípios termos nós temos o período de três meses. Aqueles municípios que não conseguirem concluir nesses três meses virão à sede e farão até o mês de março. As pessoas que não recadastrarem serão impedidas de votar. Atualmente estamos com um terço dos municípios cadastrados e recadastrados”, informou.
Ramonilson Alves, juiz da 28ª Zona Eleitoral de Patos, disse que “a medida do TSE visa dar mais lisura e segurança às eleições, e neste processo é necessária uma logística grande de pessoal e estrutural, uma vez que o pessoal do eleitoral é insuficiente para cuidar de todo o processo. Devemos trabalhar de forma conjunta para realizar isso”.
Durante o recadastramento o título é expedido imediatamente e de forma gratuita.
Comentário do programa – Muitos prefeitos não têm nenhum interesse neste recadastramento, pois em muitos casos haverá redução do número de eleitores de seus municípios. Por exemplo, ao redor de Patos, existem muitos municípios que têm contingente vultoso de eleitores que moram em Patos e continuam a votar nos municípios de origem. Estes eleitores na maioria dos casos constituem reduto eleitoral dos atuais prefeitos, dos quais vivem recebendo favores, e muitas vezes são estes redutos que decidem as eleições. Os prefeitos beneficiados por esta situação nunca irão, voluntariamente, ajudar o TRE. É preciso um trabalho de convencimento pessoal por parte dos juízes eleitorais. (LGLM)