(Folha na sexta)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta (24) que Dilma Rousseff não irá resolver seu problema com o Congresso distribuindo ministérios ao PMDB.
Em meio à crise econômica e sob ameaça de um processo de impeachment no Congresso, Dilma ofereceu pastas, inclusive a Saúde, às bancadas do partido na Câmara e no Senado.
“Eu continuo defendendo que o PMDB saia do governo, que não ocupe cargos. Da minha parte, eu simplesmente ignoro o que está acontecendo com a reforma, não tenho ingerência e nem quero ter. […] Essa tentativa de reintroduzir o PMDB no projeto, uma tentativa através de cargos públicos, não é a melhor forma de fazer. Mais ocupação de cargos ou menos ocupação de cargos jamais vai resolver as divergências de base que existiam”, disse Cunha.
O peemedebista está rompido com o governo sob o argumento de que o Planalto está por trás das acusações que pesam contra ele no esquema de corrupção da Petrobras. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República –instância máxima do Ministério Público Federal, sem ligação com nenhum dos três Poderes– sob a acusação de receber US$ 5 milhões em propina.
Apesar do rompimento, Cunha vem conversando frequentemente com Dilma. Dois dos principais cotados para ocupar a Saúde e Infraestrutura são deputados próximos a ele.