Bancários aderem à greve da categoria e sindicalista fala sobre movimento na cidade de Patos (*)

By | 04/10/2015 4:29 am

 

Tem início nesta terça-feira, dia 06, a greve nacional dos trabalhadores em instituições bancárias. Durante entrevista na noite desta sexta-feira, dia 2, no programa Polêmica, levado ao ar pela Rádio Espinharas FM, um dos representantes da categoria dos bancários na cidade de Patos e região, Cleodon Bezerra, falou sobre como acontecerá o movimento paredista e quais os motivos que levaram a adesão dos trabalhadores.

A proposta oferecida pela representação dos banqueiros para o reajuste salarial dos trabalhadores foi de 5,5% e abono de R$ 2.500,00. Cleodon Bezerra disse que a proposta não repõe nem a inflação que foi publicada de forma oficial que ficou em 9.8%. Cleodon fez questão de destacar que o lucro dos bancos foi de 40%, sendo o setor que mais faturou no Brasil. A falta de acordo entre representação patronal e dos trabalhadores levou ao movimento grevista.

Outro fator destacado pelo bancário diz respeito ao atendimento à população que vem sendo prejudicado pela falta de funcionários, ausência de concursos nas instituições públicas e as contratações reduzidas nos setores privados. Cleodon criticou a política de terceirização que está sendo imposta pelos bancos e que disse que seria ainda pior se o projeto da terceirização tivesse passado no Congresso Nacional.

O bancário comentou que os serviços essenciais serão mantidos, tais como compensação dos envelopes depositados nos caixas eletrônicos e atendimentos nos correspondentes bancários. Cleodon fez críticas à agência do Banco Itaú na cidade de Patos que está desrespeitando regras de atendimento ao público. O bancário também tornou público o superfaturamento das instituições bancárias.

Comentário do programaApesar das sucessivas greves no serviço público, temos pouco falado sobre elas aqui no programa. Nós somos favoráveis às reivindicações dos trabalhadores quando buscam melhores condições de trabalho, inclusive a reposição das perdas salariais, mas as greves, nem sempre são o melhor caminho. No setor privado, como no caso dos bancários, a greve prejudica o patrão, que tem prejuízo com os dias parados e é forçado a negociar. Como ele tem prejuízo com a paralização, quanto mais rápido negociar menos prejuízo terá. Os bancários têm toda a razão nas suas reivindicações. Nos nossos tempos de bancários participamos de todas as greves tanto aqui como em Recife, pois as razões eram justas e a greve era o melhor caminho. Fazíamos panfletagem, participávamos dos piquetes, discutíamos com os colegas que queriam “furar” as greves. No serviço público não faço greve, pois o grande prejudicado é o trabalhador que fica privado de serviços essenciais. Participamos, na medida do possível das mobilizações, mas não paramos. Com os bancos fechados pode-se recorrer às lotéricas, aos correspondentes bancários. Com o INSS, o Ministério do Trabalho, as escolas fechados, o povo não tem a quem recorrer e o governo não tem prejuízo nenhum, por isso suporta greve de dois, três meses, sem nenhum interesse em negociar. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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