Renan critica proposta de corte bilionário no Bolsa Família (*)

By | 25/10/2015 4:38 am

 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) criticou nesta quarta-feira (21) o corte de R$ 10 bilhões no orçamento do ano que vem do programa Bolsa Família como foi proposto pelo relator do projeto de lei orçamentária de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Para o peemedebista, “não se pode cobrar a conta de quem não pode pagá-la” e é preciso ter bom senso para que o país retome o crescimento de sua economia.

“Sempre tivemos muita preocupação com o ajuste e ele precisa ser qualificado. Ele não pode cobrar a conta de quem não pode pagá-la. É essa a inversão que não podemos permitir. O Congresso tem muita responsabilidade com isso”, disse.

“Mais do que nunca é preciso ter bom senso, responsabilidade. O país precisa retomar o crescimento. A única maneira de aumentarmos a receita é com a retomada do crescimento econômico. O Congresso tem colaborado de todas as maneiras para que faça a sua parte com relação a esse objetivo”, completou.

Nesta terça (20), Ricardo Barros afirmou que pretende incluir o corte bilionário na proposta de orçamento, o que corresponde a 35% do total de R$ 28,8 bilhões direcionados ao programa no projeto encaminhado ao Congresso pelo governo.

Comentário do programaO bolsa-família é um dos ralos por onde se escoa o dinheiro da Nação. Viciou muita gente em não trabalhar e se contentar com o que recebe do programa. Claro que há muita gente que merece receber o bolsa-família. Mas um corte indiscriminado como quer o relator do Orçamento vai provocar muita injustiça. O que o governo precisa é aumentar os controles como o Ministério do Trabalho, por exemplo, está fazendo com relação ao seguro-desemprego. Aumentando a fiscalização e tornando mais rápidas as comunicações de novos registros de empregados. Ainda há outros ralos, no seguro-desemprego, no caso, por exemplo, do seguro-defeso, mas estão sendo tomadas providências para fazer uma revisão dos milhares de registros de pescador artesanal concedidos a pessoas quando nunca foram pescadores na vida. No caso da bolsa-família, basta o governo fazer um cruzamento do cadastro do programa com outros cadastros que o governo tem, como os cadastros do INSS, do FGTS, o CAGED, o CNPJ e outros cadastros governamentais. Afinal tem muito empresário, funcionário público, pessoas com renda de outras atividades recebendo do bolsa-família. Tem gente se recusando a ter a carteira de trabalho assinada para não perder o benefício, e assim por diante. Se apertassem os controles, com pouco tempo o Governo enxugaria o programa. (LGLM)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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