Mesmo diante da crise hídrica no sertão, cidadãos ignoram o problema e cenas de desperdício de água são comuns na cidade de Patos (ver comentário)

By | 08/11/2015 4:00 am

 

A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), bem como a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA), tem alertado para uma das maiores crises hídricas enfrentadas pelo povo, em especial a região do sertão do Estado. Cidades inteiras estão sendo abastecidas por carros pipa e outras ainda têm água nas torneiras, mas não se sabe até quando!

A cidade de Patos, que atualmente é abastecida pelo açude de Coremas através da adutora Coremas-Sabugi, além de receber suporte do açude do Jatobá e da Barragem da Capoeira, está com rodízio de água nas torneiras. O açude de Coremas, o mais importante do sertão, tem apenas 13% de sua capacidade para abastecer dezenas de cidades. Desses 13%, ao baixar para 8% fica comprometido o consumo. As autoridades temem um colapso no abastecimento caso as chuvas não se normalizem até o início de 2016.

Mesmo diante de tão assombroso momento causado pela ausência de chuvas, falta de água nas torneiras de milhares de pessoas e da necessidade de economia do líquido que garante a vida, centenas de pessoas ignoram o alerta das autoridades e seguem desperdiçando água como se nada estivesse acontecendo.

A reportagem do Patos Online flagrou uma cena de desperdício de água tratada que ocorre com frequência, ou seja, a lavagem de calçadas e paredes com torneiras abertas. O fato aconteceu neste sábado, dia 31, por volta das 10h00, no cruzamento da Rua Felipe Camarão com Rua Augusto dos Anjos, Bairro Santo Antônio, em Patos.

A senhora está lavando a calçada e a parede externa da casa utilizando água tratada. Ela tem a sua disposição uma mangueira extensa e a água permanece aberta enquanto a senhora esfrega a calçada e as paredes com vassoura. A água chega a escorrer pela rua e ficar empoçada no asfalto movimentado.

Por mais que pareça anormal se realizar esse tipo de desperdício de água em tempos em que a chamada “seca” castiga o sertanejo, tem se tornado frequente lavar carros com torneiras abertas, lavar calçadas, os banhos demorados no chuveiro, regar terreiros devido à poeira e etc. Quando um vizinho ou mesmo um cidadão consciente reclama daquele que está desperdiçando, vem a resposta: “Eu tô pagando”.

Comentário do programaMuita gente só sente a gravidade do problema quando falta água nas torneiras. Em Patos, ainda estamos numa situação cômoda, enquanto temos água três dias e um dia sem água. Mas em breve vamos ter saudade deste tempo. Em Campina Grande, são três dias e meio com água e três dias e meio sem água. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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