Entidades civis organizadas juntamente com a Diocese de Patos protocolaram atividades conjuntas na manhã dessa quarta-feira (18), no Ministério Público Estadual, Federal e Procuradoria do Cidadão em João Pessoa, contra a Prefeitura de Patos em virtude dos constantes problemas ocasionados pelos incêndios no Lixão da cidade.
Na sessão ordinária dessa terça-feira (17), o tema foi pauta sendo colocado em discussão pelo vereador Fernando Jucá (PT). Ele disse que se o poder municipal não está resolvendo, a sociedade deve sim procurar uma solução.
“Infelizmente chegou a um ponto onde a sociedade já não aguenta mais e por isso esses órgãos estão sendo acionados. O documento além de pedir providências para solução do problema, ainda sugere algumas ações que podem contribuir para isso”, explicou.
Já o presidente do Grupo Independente de Análise e Ação Social e Política de Patos – GIAASP, Luciano Dias, informou que a mobilização que está sendo feita nesse sentido é algo de interesse de toda a população patoense.
“Não é nada contra os catadores, mas cobramos providências para o problema do Lixão e mais segurança e garantias para os catadores que trabalham naquele local, inclusive cobrando a construção de uma creche para os filhos dessas pessoas”, detalhou.
Comentário do programa – O problema mais urgente é desativar o lixão. Para isso é necessário construir um aterro sanitário que substitua o lixão como depósito para os resíduos sólidos. Paralelamente tem que haver a educação da população para a separação dos resíduos sólidos de acordo com a sua natureza para facilitar a coleta seletiva, que dará destinação separada para cada tipo de material. Material que possa ser reciclado como plásticos, papelões, vidros, latinhas de bebidas terão uma destinação. Materiais que representam risco para a natureza ou para o meio ambiente terão outra destinação. Materiais que possam ser decompostos e utilizados como adubos terão destinação diversa e assim por diante. A coleta seletiva vai dar oportunidade de trabalho a muita gente que hoje vive de catação no lixão. Junto com aterro sanitário deve ser construído todo um aparato para o aproveitamento dos resíduos aproveitáveis e indústrias particulares podem ser incentivadas a se alocarem nas proximidades do aterro para a industrialização de produtos que têm como matéria prima os resíduos coletados. Se aparece dinheiro para construção de praças e academias, há de aparecer dinheiro para construir um aterro sanitário e todo o aparato necessário para a destinação dos resíduos sólidos. Basta a administração municipal querer. É muito fácil administrar com dinheiro fácil. Qualquer dona de casa sabe disso. Administrar com dinheiro curto exige criatividade, dedicação e desprendimento. É nessas horas que se sabe quem realmente sabe administrar. É muito fácil botar a culpa na crise. É louvável quem tira leite de pedra. (LGLM)