A problemática gerada pela falta de uma empresa de transporte coletivo na cidade de Patos, vem sendo intensificada nos debates entre a população e nas reuniões envolvendo a STTRANS e as classes de taxistas e mototaxistas.
A prefeita Francisca Motta foi indagada pela imprensa sobre o que o município está fazendo para sanar o problema. A gestora disse que as duas primeiras licitações abertas para as empresas do ramo deram desertas, pois nenhuma se interessou em ofertar o serviço.
“Daí nós só podemos contratar uma empresa quando a terceira licitação também der deserta. Sendo assim, até o momento nós temos que esperar que aconteça a terceira licitação”, explicou.
Comentário do programa – Não deu para entender, pela entrevista da prefeita qual solução ela está pretendendo dar ao problema de transporte coletivo de Patos. Como ela vai contratar uma empresa sem fazer licitação? Será que pretende criar a própria empresa de transporte coletivo, quando todas as outras iniciativas deste tipo, pelo país afora, deram errado? Será que vão criar uma empresa que transporte o povo de graça? Quem a está aconselhando neste sentido, só pode ser inimigo dela. A única saída para o problema é organizar o sistema de transporte da cidade, com o número de taxis e mototáxis adequado, a abolição do transporte clandestino, a exigência de que quem fizer lotação, se for o caso, conceda a gratuidade ao idoso e a meia passagem ao estudante, e assim por diante. Organizado o transporte individual de passageiro, vão aparecer empresas interessadas em participar das licitações para prestação do transporte coletivo. Com a concorrência desleal e selvagem existente na cidade, com a concessão indiscriminada de alvarás para atender aos interesses de futuros candidatos a vereador e aos próprios interesses eleitorais do grupo governante, vão ficar desertas todas as licitações. Talvez alguém esteja até provocando esta situação para criar soluções que jamais solucionarão o problema na cidade. Talvez queiram fazer uma experiência que só dure até a próxima eleição, aparecendo como salvadores da pobreza. (LGLM)