Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), órgão administrado pela Secretaria de Saúde do Município de Patos, estão reclamando da falta de estrutura nas ambulâncias e pela precariedade na alimentação fornecida aos profissionais que trabalham em escala de plantão.
O SAMU dispõe de técnicos de enfermagem, enfermeiros, auxiliares de serviço, farmacêuticos, recepcionistas, cozinheiras, condutores socorristas, dentre outros que trabalham em plantões de 12 ou 24 horas e fazem duas refeições, almoço e janta na instituição. A maioria se alimenta no refeitório do próprio órgão que funciona na Rua Lima Campos, Bairro São Sebastião, em Patos, no entanto, acerca de dois meses estão com problemas na quantidade das refeições.
As equipes também estão se queixando da falta de manutenção nas ambulâncias que enfrentam cargas excessivas na sua mecânica devido à necessidade que o serviço exige. Algumas ambulâncias estão sem funcionar a espera de serviços e prejudicando no momento de necessidade dos casos de urgência e emergência na saúde do povo. Problemas em suspensão, motor e ar-condicionado tem sido comuns.
Em contato com o secretário de Saúde do Município de Patos, Anderson Sóstenes, a reportagem foi informada que as ambulâncias estão para ser trocadas, mas o Ministério da Saúde tem dificultado a renovação da frota, mesmo que algumas já tenham atingido a quilometragem da portaria que rege o serviço. Anderson disse que a cobrança tem sido constante e a manutenção preventiva vem sendo feita, no entanto, algumas peças não aguentam devido ao desgaste. Em relação à alimentação, Anderson relatou que na próxima segunda-feira, dia 23, estará resolvida.
“Estive hoje (quarta) em Campina Grande para resolver a questão da alimentação. Infelizmente as empresas não estão cumprindo com a obrigatoriedade da licitação, que é fornecer no prazo adequado. Os pedidos estão sendo encaminhados as empresas. Os pedidos que não foram entregues nós faremos a notificação administrativa”, relata Anderson Sóestenes.
Comentário do programa – Não se pode apenas transferir para os outros os problemas que estamos enfrentando. Havendo mais cuidado com os veículos eles terão menos tempo de oficina e prestarão serviço por maior número de anos. Durante quinze anos utilizei na fiscalização veículos do Ministério do Trabalho, com o mínimo de horas paradas durante a sua utilização. Nunca precisei parar para trocar um pneu. Eram feitas as revisões periódicas e tomados os cuidados costumeiros na direção e alguns destes veículos tinham mais de dez anos de uso. Claro que o uso não era tão intenso como o é no caso de ambulâncias, mas rodávamos em toda a região e em todo tipo de estrada. Com relação ao problema das refeições e outros insumos, é preciso sair da rotina e usar de criatividade. Um amigo meu, diretor do Hospital Regional, chegou a reduzir os gastos com alimentação pela metade, sem deixar de alimentar pacientes, acompanhantes e funcionários, combatendo os desperdícios e os descaminhos. Incomodou a muita gente, mas o dinheiro rendia. (LGLM)