O salário mínimo deve aumentar a partir deste 1º de janeiro para R$ 880,00, um aumento de R$ 92,00. Isto representa um aumento de 11,68%, superior até à inflação do período. O aumento é muito bom para quem recebe com base nele, mas ruim para quem paga. Os funcionários públicos federais vão ter aumento de pouco mais do que 5%, mas se ainda conseguem manter um trabalhador doméstico, vão ter que arcar com um aumento que é o dobro do aumento que receberam. Mas o pior de tudo é a situação das prefeituras, principalmente as das pequenas cidades. Pela lei têm que pagar no mínimo o piso de R$ 880,0, numa época em que estão sofrendo redução dos repasses feitos pelo Governo Federal, que são baseados na arrecadação de impostos, cuja tendência é ser reduzida por conta da crise. Como os prefeitos têm um limite de gastos com ma folha de pagamento, vão ter que dispensar contratados e comissionados para conseguir pagar em dia aos que permanecerem trabalhando. E aquele mesmo servidor que está “sorrindo” como o novo mínimo, pode amanhã está chorando por conta do novo mínimo, se vier a ficar desempregado. Ou seja, o aumento do salário mínimo, para alguns, pode se transformar numa faca de dois gumes. E tem ainda o outro lado da questão. Todo empresário vai se considerar autorizado a aumentar seus preços no mesmo índice do salário. E aí a inflação pode ficar descontrolada e “comer” daqui as uns dias o aumento que você pretensamente recebeu.
Certamente amigo