Desemprego é a ‘grande preocupação do governo’, afirma Dilma (*)

By | 17/01/2016 4:50 am

 

(Deu na Folha, na sexta-feira)

O índice de desemprego no Brasil é a “grande preocupação do governo” e para reequilibrar as contas públicas é preciso “ampliar impostos”.

Essa foi a avaliação feita pela presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira (15), em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto. Mais cedo, dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) indicaram que a taxa de desemprego no país foi de 9% entre agosto e outubro do ano passado —a pior taxa da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.

“[A taxa de desemprego] é o que olhamos todos os dias, é o que mais nos preocupa e é aquilo que requer atenção do governo”, disse a presidente. Diante desse cenário, afirma, o governo precisa adotar medidas “urgentes”: “Reequilibrar o Brasil num quadro em que há queda de atividade implica necessariamente –a não ser que façamos uma fala demagógica– em ampliar impostos. Estou me referindo à CPMF.”

Para ela, a volta do chamado imposto do cheque “é fundamental para o país sair mais rápido da crise”.

Na conversa, a presidente negou que as medidas de crédito em estudo no governo vão de encontro à política monetária atual. Dilma argumentou ainda que não há “nenhuma relação lógica” entre aumento de crédito e concessão de subsídios.

“Não é paradoxal: a política restritiva pelo lado fiscal é necessária. Isso não significa que você não possa ter uma politica de crédito que não seja desestruturante do ponto de vista fiscal e uma politica de crédito para alguns setores. Ou vamos defender que o Brasil, para poder reequilibrar fiscalmente, pare de emprestar para agricultura? E como é que fica nossa balança comercial?”, questionou.

Ao comentar o pagamento das chamadas “pedaladas fiscais”, a presidente argumentou que a decisão de quitar os valores em 2015 não significa que o governo reconhece ter cometido um equívoco.

“Não reconhecemos o erro porque quando você não usa cinto de segurança, quando o cinto de segurança não era previsto na legislação, os 200 milhões de brasileiros não estavam cometendo nenhum equívoco. Simplesmente a legislação não previa. A mesma coisa aconteceu com o governo”, afirmou.

“Como o tribunal passou a prever, nós não queremos entrar nesse tipo de disputa, então pagamos”, resumiu.

A presidente foi questionada se o governo federal, diante da crise na Petrobras, pode capitalizar a estatal – e não refutou diretamente essa possibilidade.

Após fazer uma longa explanação sobre o fim do “superciclo das commodities”, Dilma ponderou que o governo “sempre estará preocupado” com a Petrobras.   “Principalmente quando os fatores que levam a essa situação são fatores exógenos a ela, que ela não controla”, afirmou.

“O que nós faremos será em função do cenário nacional e internacional. Nós não descartamos que vai ser necessário fazer uma avaliação se esse processo continuar. Mas não somos nós, o governo brasileiro, que não descarta. Nenhum governo vai descartar. (…) Todo mundo vai olhar o que vai acontecer”, disse.

Comentário do programaClaro que o desemprego é preocupação de todo mundo. O problema é querer resolver o problema aumentando impostos. Querer resolver o problema do país aumentando impostos é prova de incompetência deste Governo. O que o Governo devia fazer era reduzir suas despesas e não aumentar impostos. Impostos altos desestimulam o investimento das empresas e sem investimento não há emprego. O que o Governo pode fazer é estimular o investimento para criar empregos e não aumentar impostos que serão repassados para todo mundo. Qualquer dona de casa esperta, quando sente que as rendas estão diminuindo, cuida logo em reduzir as despesas, em apertar o cinto. Que é mais fácil de fazer do que aumentar as rendas. Depois, se conseguir aumentar as rendas, ela pode voltar a gastar como antes. Se não reduzir as despesas, ela passa a se endividar e então “a vaca pode ir para o brejo”. (LGLM)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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