As chuvas caídas no mês de janeiro, de acordo com os meteorologistas, ocasionadas em virtude da atuação do chamado Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), presente há vários dias na região Nordeste, trouxe não só alívio ao forte calor, mas também esperanças aos agricultores maedaguenses, que continuam rezando para consolidação de uma boa quadra invernosa, apesar do prognóstico desfavorável divulgado pelos meteorologistas que continuam afirmando que 2016 será um dos piores anos desse ciclo de seca que já dura 04 anos.
De acordo com o Secretário de Meio Ambiente do município, Rivaldo Sebastião, somente de 1º a 31 de janeiro desse ano, choveu 157,6 mm na sede do município. “Essas chuvas foram suficientes para motivar os agricultores de nossa região a fazer a chamada ‘primeira planta’, que geralmente é feita quando o ano se inicia com chuva, como está acontecendo agora”, revelou Sebastião.
As precipitações pluviométricas registradas no mês de janeiro no município de Mãe d’Água podem ser ainda maiores. Isso por que, de acordo com Antonio Gomes, Secretário Executivo de Agricultura,os índices pluviométricos apresentados até agora são de um único pluviômetro que é monitorado pela AESA – Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, localizado na Unidade de Saúde (antiga Maternidade). “Nós temos informações, por exemplo, de que em uma única chuva que caiu no distrito de Santa Maria Gorete, foram registrados cerca de 120 mm. Em outras áreas do nosso município, precipitações semelhantes também foram registradas. É claro que em outras, essas precipitações não atingiram se quer 50 milímetros, como é o caso da comunidade Flamengo, mas na média, eu acredito que esses índices são superiores aos 157,6mm”, acredita Gomes. Quem também concorda com as afirmações de Antonio de Fil, como é mais conhecido o Secretário Executivo de Agricultura, é o Secretário de Infraestrutura Rivaldo Campos. “As comunidades onde foram registrados os maiores índices pluviométricos, foram vila Capoeira e Alecrim, onde eu acredito que tenham ultrapassado a casa dos 200 mm”, ressalta Campos.
Na Zona Rural de Mãe d’Água e até mesmo nas imediações próximas da cidade e de seu distrito, já é possível observar que a chamada agricultura de sequeiro, onde o legume é regado exclusivamente pela chuva, já acontece de modo bastante expressivo. Muitos agricultores aproveitaram as primeiras chuvas de janeiro e realizaram o plantio, como é caso da senhora Maria de Fátima Vieira (foto), conhecida por Maria de Tonhão do distrito de Santa Maria Gorete, onde mora com a família. “Plantei no dia seguinte da primeira chuva de janeiro e se Deus quiser, vai continuar chovendo e na segunda quinzena de março vamos comer milho verde e feijão”, acredita a agricultura de 57 anos.
E para auxiliar os agricultores no preparo da terra, potencializando o apoio necessário, a prefeita Margarida Fragoso (Margarida Tota) autorizou a Secretaria de Agricultura a fazer o corte de terras em todas as comunidades rurais do município, visando contribuir para uma colheita satisfatória. Ainda de acordo com informações repassadas pela Secretaria de Agricultura, são mais de 100 horas/máquina realizadas até agora. “Milho e feijão são as principais culturas cultivadas pelos nossos pequenos agricultores” finalizou Rivaldo Sebastião, Secretário de Agricultura do município.