(Jozivan Antero, no Patos Online)
Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP) realizou na tarde desta quarta-feira, dia 03, na Associação Comercial e Industrial de Patos (ACIAP), assembleia com diversos servidores do Município de Patos para tratar da campanha salarial 2016.
O evento contou com a presença do secretário de Saúde do Município de Patos, José Francisco de Sousa, Zeca, que falou sobre as expectativas da secretaria e expos os desafios para solucionar alguns problemas pontuais.
Fazendo uso da palavra, José Gonçalves, vice-presidente do SINFEMP, disse que a campanha salarial 2016 será uma das mais difíceis, pois a Prefeitura Municipal de Patos se apoia na chamada crise para não atender reivindicações de reajuste salarial e de condições de trabalho. José Gonçalves também relatou o fato da prefeitura ter 395 cargos comissionados e 588 contratados, de acordo com dados do SAGRES, do TCE/PB).
Todos os meses, a gestão da prefeita Francisca Motta (PMDB) gasta R$ 1.760.000,00 com os salários dos cargos comissionados e contratados. Para José Gonçalves, o valor é altíssimo e prejudica o controle das contas públicas e mais ainda as negociações para reajuste dos salários dos servidores efetivos e para ajustes no setor público.
Os servidores aprovaram na assembleia a proposta do SINFEMP para reajuste salarial que varia de R$ 300,00 a R$ 150,00 para algumas categorias. Todas as categorias estão mobilizadas para o dia 17 de fevereiro, onde será lançada a Campanha Salarial 2016, com o slogan: Só Avança na Luta!
Comentário do programa – Se a prefeita tinha que inventar desculpas nos anos anteriores para descartar as reivindicações dos servidores, este ano ela tem um “prato cheio” de desculpas, por conta da crise que grassa no país. A simples alegação de que a administração gasta quase dois milhões mensais para remunerar comissionados e contratados não é suficiente para combater a falta de atendimento de suas reivindicações. O sindicato tem que provar que a quantidade de comissionados é superior às necessidades do município e que este não precisa dos serviços prestados pelos contratados. Mas a prefeitura tem algumas alternativas para diminuir o gasto com os contratados, mesmo que precise dos serviços prestados por eles. Se a prefeitura reduziu, por exemplo, a jornada dos funcionários para apenas seis horas diárias era por que tinha gente sobrando nos seus quadros. O retorno da jornada de oito horas poderia servir, por exemplo, para descartar, pelo menos, parte dos contratados. Cada quatro funcionários que trabalharem oito horas, podem dispensar um contratado, por exemplo. O sindicato precisa de argumentos sólidos para contrapor às desculpas que a prefeita e sua equipe certamente oporão às suas reivindicações. (LGLM)