Delcídio do Amaral ameaça entregar colegas caso seja cassado

By | 27/02/2016 8:57 pm

 

(Deu na Folha)

Depois de passar quase três meses na prisão, o senador e ex-líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS) volta ao Senado nesta semana, estuda tirar uma licença de até 120 dias e já avisou a aliados que não admitirá ter o mandato cassado, um de seus maiores temores.

“Se me cassarem, levo metade do Senado comigo”, afirmou a interlocutores quando ainda estava preso. A frase foi entendida como uma ameaça de que está decidido a entregar seus pares caso lhe tirem a cadeira de parlamentar.

Ao retornar ao Senado, Delcídio fará corpo a corpo com os demais colegas, argumentando que é inocente e pedindo amparo. Deve bater às portas de integrantes de partidos aliados e da oposição, com quem sempre manteve diálogo. Poucos, no entanto, devem ser os que darão apoio público ao petista.

Uma das maiores preocupações do senador é ter o mandato cassado porque, com isso, ele perderia o chamado foro privilegiado e seu caso iria para a primeira instância. Lá seria analisado pelo juiz Sérgio Moro, do Paraná, que tem sido célere em suas decisões envolvendo réus da Operação Lava Jato.

Em 1º de dezembro, dias após a prisão do senador, o Senado recebeu representação feita por dois partidos, Rede Sustentabilidade e PPS, que pedem a cassação de Delcídio sob acusação de quebra de decoro parlamentar.

O processo foi aberto no Conselho de Ética da Casa, sob relatoria do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO). Na semana passada, a defesa de Delcídio pediu a substituição do relator, alegando que o tucano não pode permanecer na relatoria do caso por falta de isenção do PSDB. O pedido ainda será analisado.

Comentário do programa – Em declarações recentes à imprensa, Delcídio negou a intenção de afrontar colegas senadores, segundo registro feito pelo Painel da Folha: “Não tem delação Doze quilos mais magro e empenhado em salvar seu mandato, Delcídio do Amaral (PT-MS) falou pela primeira vez após os 87 dias de prisão. Ele refuta, com veemência, a informação de que ameaça entregar colegas caso seja cassado. “Posso não ser uma Brastemp, mas não sou burro nem louco de botar o Senado contra mim”, diz ele. O senador também nega colaboração com a Lava Jato: “Não há delação premiada alguma. Minha defesa é boa. Será feita nos tribunais superiores”. Eles sabem Segundo o petista, seus pares no Senado o conhecem bem. “Eles sabem que eu jamais faria isso”, completou. Ele promete dar explicações sobre o seu caso assim que apresentar sua defesa ao Conselho de Ética.”

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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