A crise econômica torna mais premente a necessidade de reajustes para o funcionalismo público. Os servidores públicos federais, estaduais e municipais estão lutando por melhoras em seus salários, principalmente porque a inflação corrói os seus ganhos. Mas ninguém pode perder de vista também que as entidades públicas também estão sendo assoladas pela crise. O Fundo de Participação de Estados e Municípios não tem crescido no mesmo ritmo do aumento das despesas destes entes federativos. Claro que o servidor sempre vai pedir aumento como quem “pede chuva a Deus”, mas nem sempre Estados e municípios vão poder concedê-los. Eles bem que queriam dar uma de “bonzinhos” e darem aumentos à vontade. Isto lhes garantiria muitos votos. Dos “bestas”, claro. Numa discussão entre servidores e entes públicos deve reinar o bom senso. Deve haver honestidade de parte a parte. Estados e prefeituras devem abrir suas contas e relatórios para que os servidores conheçam a real situação das finanças públicas e possam discutir com argumentos sólidos as possibilidades de aumentos. Os dois lados devem procurar honestamente onde podem ser feitos os cortes para que os pleitos salariais sejam atendidos. Nunca é demais lembrar que Estados e prefeituras não emitem dinheiro. Têm que trabalhar com os recursos de que dispõem. E não adianta conceder aumentos que não vão ter condições de pagar. Quantas vez não tem acontecido de se conceder um aumento ou vantagem salarial que depois não se tem condições de pagar, obrigando a atrasar o pagamento dos salários. O que é melhor, receber pouco em dia ou ganhar mais e não saber quando vai receber.
Verdade.