Apesar de o PT anunciar uma bravata de que tem uma frente parlamentar contra o impeachment com a assinatura de mais de cento e oitenta deputados, pesquisas feitas nas últimas horas dão conta de que a situação de Dilma é “de pior a pior”. Segundo levantamento feito pela Folha de São Paulo, entrevistando pessoalmente cada deputado, 342 disseram ser a favor do impeachment, 20 estão indecisos, 20 não declararam, 5 não responderam, 2 não foram encontrados e apenas 124 disseram se contra o impeachment. Os 342 votos a favor do impeachment já são suficientes para levar o processo de impeachment para a frente, encaminhando-o para a decisão do Senado. Lá uma comissão será constituída para elaborar um parecer contra ou a favor do impeachment. Se a comissão votar a favor do impeachment, Dilma será afastada do cargo por 180 dias enquanto o Senado discute se a afasta definitivamente ou não. Enquanto isso, durante estes 180 dias assumiria o vice presidente Michel Temer. Para o afastamento definitivo de Dilma no Senado, serão necessários cinquenta e quatro votos favoráveis.
O levantamento da Folha foi feito até às 12:53 desta sexta-feira, podendo evoluir no sentido ou noutro até a hora dea votação que deve acontecer domingo de tarde.
Para piorar a situação da presidente Dilma, quatro processos que tentavam adiar a votação ou mudar a forma de votação foram derrotados pelo Supremo Tribunal Federal, na noite da quinta-feira. Isto torna cada vez mais provável a aprovação do impeachment pelo menos nesta fase na Câmara dos Deputados.