(Veja comentário no final)
Horas depois de Dilma Rousseff ter desocupado o Planalto para que Michel Temer o ocupasse, Rui Falcão, presidente do PT federal, emitiu um comunicado curto e espesso. Dirigindo-se aos petistas pendurados na máquina estatal, anotou: “O PT orienta seus filiados que ocupam cargos de confiança no governo federal a deixarem seus postos no governo ilegítimo do presidente interino.”
Conforme já noticiado aqui, há na engrenagem federal 107 mil cargos comissionados, cujos ocupantes recebem uma gratificação mensal além do salário. Os assentos mais cobiçados são os chamados ‘DAS’, sigla de ‘Direção e Assessoramento Superior’. Somam 22,3 mil vagas, das quais 6,5 mil foram preenchidas com gente estranha à carreira, enfiada pela janela.
Subtraindo-se os salários, as gratificações da turma do ‘DAS’ custam ao erário R$ 886 milhões por ano só na administração pública direta, sem as estatais. Em tempos de desemprego e cintos apertados, parece improvável que os petistas enfiados nessas boquinhas há mais de 13 anos atendam à orientação do companheiro Falcão. O governo pode ser ilegítimo. Mas o dinheiro é genuíno.
(Josias de Souza, em blog no Uol)
Comentário do programa – Vamos nos mirar no exemplo dos petistas de Patos. João de Lima entregou o cargo na Patos Prev, mas o vereador Fernando Jucá desembarcou do PT poucos dias antes do barco afundar e sua esposa já faz parte do Governo de Francisca; Everaldo licenciou-se do PT e continua secretário; João Monteiro, petista histórico, alegou que não foi indicado pelo partido e continua a administrar os Mercados. Só para falar nos mais notórios. (LGLM)