(Veja comentário no final)
O Brasil perdeu 62.844 vagas com carteira assinada em abril. O resultado é melhor do que o registrado em março (-118.776) e em abril do ano passado (-97.828).
É o 13º mês seguido em que o país perde postos de trabalho. A última vez em que o país teve mais vagas abertas do que fechadas foi em março de 2015, com 19,3 mil novas vagas.
No acumulado de 12 meses até abril, são 1.825.609 postos de trabalho com carteira a menos. Isso representa uma média de 5.000 vagas a menos por dia, de março de 2015 a abril de 2016.
Só nos quatro primeiros meses de 2016, os dados mostram a perda de 378.481 empregos.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (25).
O fechamento de vagas tem como pano de fundo o cenário de retração econômica, com a crise política também contribuindo para minar a confiança de empresas e famílias.
De 8 setores, só 2 abriram vagas
O número de empregos cortados é o saldo, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. Em abril, houve 1.258.970 admissões e 1.321.814 demissões.
O fechamento de vagas atingiu seis de oito setores pesquisados, com a indústria e a construção civil tendo o pior desempenho. A administração pública e a agropecuária foram as únicas áreas que contrataram.
Agropecuária: +8.051 vagas (ou +0,520%)
Administração pública: +2.255 vagas (ou +0,25%)
Extrativa mineral: -279 vagas (ou -0,13%)
Serviços industriais de utilidade pública: -409 vagas (ou -0,1%)
Serviços: -9.937 vagas (ou -0,06%)
Indústria de transformação: -15.982 vagas (ou -0,21%)
Construção civil: -16.036 vagas (-0,61%)
Comércio: -30.507 vagas (-0,34%)
Só 6 Estados não perdem vagas
Considerando os 26 Estados mais o Distrito Federal, apenas seis criaram vagas:
Goiás: +5.170 postos ou +0,43%;
Minas Gerais: +3.886 postos ou +0,10%;
Distrito Federal: +1.202 postos ou +0,15%;
Mato Grosso do Sul: +919 postos ou +0,18%;
Espírito Santo: +466 postos ou +0,06% e
Amapá: +50 postos ou +0,07%.
Todos os demais Estados perderam vagas.
O maior número de vagas fechadas foi em São Paulo (-16.583, ou -0,14%). A maior variação foi em Alagoas, com queda de 2,03% no emprego, ou 7.102 vagas a menos.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal registrou que o Brasil tinha, em média, 11,1 milhões desempregados no primeiro trimestre 2016.
(Do Uol com Reuters)
Comentário do programa – Para quem está desempregado não é consolo. Para quem está empregado , mas com medo de ser dispensado pode ser a luz no fim do túnel. (LGLM)