Depois da reviravolta em Mãe Dágua, onde oposição e situação fecharam um acordo e vão formar chapa única nas próximas eleições, os comentaristas políticos se voltaram para Catingueira onde também podem acontecer novidades na campanha deste ano. Inicialmente era dado como certo que três chapas disputariam as eleições deste ano. Uma encabeçada por Larissa Félix (PSDB), filha do ex-prefeito Edvan Félix, outra encabeçada pelo ex-prefeito Odir Pereira Borges Filho (PMDB) e uma terceira encabeçada pelo empresário Wellington Pires (PSB). Nos últimos dias ficou praticamente acertado um acordo entre Wellington Pires e Edvan Félix. Pelo acordo, Wellington será candidato a prefeito e Larissa candidata a vice-prefeita. O acordo garantiria o apoio a Wellington de sete dos vereadores mais votados de Catingueira, podendo chegar a oito, dependendo de processo que se move contra o atual presidente da Câmara, Lindeilton Leite. Se Lindeilton que é partidário de Odir, perder o mandato quem assume a vaga aberta por sua saída é Emídio Chagas, primo de Edvan e que apoiaria a candidatura de Wellington. O grupo de Edvan/Wellington além de mais um vereador ganharia também a presidência da Câmara que seria ocupada por Humberto Pires, também ligado ao grupo. O enfraquecimento do grupo de Odir, que inicialmente equilibrava a disputa entre os três, poderia levar à desistência de Odir. Segundo se comenta, Wellington é favorito na zona rural e a disputa se faria maior na cidade, desequilibrada agora com o acordo entre Wellington e Edvan. Wellington, segundo pessoas ligadas a ele, deve passar o fim de semana em Catingueira, e poderá inclusive procurar Odir, de quem é amigo pessoal, para tentar um acordo global, entre os três grupos.
Muitos acordos deste tipo devem acontecer nas eleições deste ano, devido às campanhas cada vez mais caras e a crise econômica que preocupa a todos. A choradeira é geral, principalmente entre os prefeitos das cidades pequenas, o que podem levar muitos a fazer acordos com a oposição, a exemplo do que já aconteceu em São Mamede e Mãe Dágua. Há quem diga, inclusive, que já haveria a costura de um acordo em Santa Luzia, embora as conversas sejam tratadas dentro do maior sigilo. Uma tônica dos acordos é montar uma chapa em que um dos grupos indica o candidato a prefeito e o outro o candidato a vice, assim como, em alguns casos, a divisão dos principais cargos comissionados.