Por que os acordos de pacificação nas eleições municipais?
By Luiz Gonzaga Lima de Morais | 07/06/2016
Muita gente tem nos cobrado uma explicação para os acordos feitos em alguns municípios para apresentação de chapa única nas eleições de prefeito. Só na região Metropolitana de Patos foram anunciados dois acordos de pacificação: São Mamede e Mãe Dágua. Pelo menos três motivos estariam por trás destes acordos. Um o encarecimento das campanhas políticas. A dificuldade cada vez maior de conseguir financiamento para as campanhas, principalmente depois da proibição de doação por parte de empresa. O terceiro motivo é a crise econômica por que passa o país. Do encarecimento da campanha tenho o depoimento de um prefeito da região, depoimento de que já falei anteriormente. Dr. Ademir, prefeito de Santa Luzia, há uns oito meses em dizia que ia desistir da política pelo grande custo das campanhas. Segundo ele, para se eleger numa cidade como Santa Luzia, o candidato tinha que dispor de pelo menos um milhão de reais. Onde arranjar tanto dinheiro, depois que os Tribunais de Contas e a Justiça tornaram cada vez mais difícil recuperar a despesa de campanha nas costas da Prefeitura? A conclusão aqui já é minha, não de Ademir. Além disso vem a proibição de financiamento pelas empresas, todas interessadas nos contratos de prestação de serviço às prefeituras e para completar a crise dos últimos dois anos.
Mas muita gente está revoltada com os acordos. São aqueles que se aproveitam das campanhas políticas para cobrarem o preço de seu apoio, através de cargos e vantagens. Ou seja, muita gente que, em troca de apoio, passa a ocupar cargos comissionados para não fazer nada e ter ajuda de todo o tipo de parte das prefeituras. Para estes não interessam os acordos de pacificação. Se houver pacificação no seu município, observe quem mais reclama porque se fez o acordo. É sempre quem perdeu alguma “boquinha”.
Chica Motta seria mesmo candidata à reeleição?
By Luiz Gonzaga Lima de Morais | 07/06/2016
O PMDB local Patos marcou para o próximo domingo o anúncio do candidato do partido a prefeito de Patos. A expectativa é que seja anunciado o nome do ex-prefeito Nabor Wanderley. Mas tem circulado nas últimas horas a informação de que o partido lançará o nome da atual prefeita Francisca Motta como candidata à reeleição. Segundo se comenta seria uma estratégia do partido, quando na realidade o candidato do sonho dos peemedebistas é o ex-prefeito, cujo nome substituiria o de Francisca em data mais próxima da eleição. Duas explicações são sugeridas para esta estratégia. Segundo uns, os peemedebistas não querem melindrar a atual prefeita cujo nome aparece com baixa aceitação nas pesquisas feitas para controle interno, esperando que, com o correr da campanha, os baixos níveis de aceitação de seu nome a convençam a desistir da candidatura e aí seria lançado o nome de Nabor. Para outros, entretanto, a estratégia visaria evitar uma queimação prévia de Nabor. Segundo esta versão, o lançamento de Nabor agora faria com que a Justiça apressasse a tramitação de processos existentes contra o ex-prefeito no Tribunal de Justiça, o que poderia resultar na sua inclusão na lista de fichas-sujas, inviabilizando a sua candidatura. Como se sabe, existem vários processos contra o ex-prefeito Nabor Wanderley que foram para o Tribunal de Justiça, por conta do foro privilegiado e um único processo em que ele sofra condenação no Tribunal de Justiça já o tiraria do páreo na próxima eleição. Um lançamento de sua candidatura em ocasião mais próxima da eleição tornaria mais difícil um indeferimento do seu registro.
Outra expectativa é com relação ao nome do candidato a vice. Dá-se como certo que o PMDB receberá o apoio do PSB do governador Ricardo Coutinho, que indicaria o candidato a vice de Francisca. O x do problema é quem será indicado candidato a vice. Sabe-se que Diogo Medeiros pretende ser o indicado, mas que seu nome não seria aceito pelo PMDB que teme as veleidades de independência de Diogo que pretenderia ser protagonista em um possível governo peemedebista se conseguisse se eleger vice. Para outros o candidato seria o médico Érico Djan que já teria se licenciado da direção do Hospital Infantil e indicado o seu substituto na pessoa de Clidemar Nunes. É esperar para ver.
A quem se juntará o PSB de Patos?
By Luiz Gonzaga Lima de Morais | 07/06/2016
Embora o PSB local venha participando de reuniões em que se discute uma aliança com outros partidos de esquerda como PT e PCdoB, em torno de uma chapa que reuniria, em Patos, os três partidos, tentando atrair outros segmentos da dita esquerda, acreditamos que a tendência é uma aliança do partido do governador com o PMDB de Chica Motta. Aliança esta (PSB/PMDB) que o próprio presidente estadual do partido, Edivaldo Rosas, admite em nota oficial que está sendo analisada, assim como analisa a possibilidade de candidatura própria. Por que entendemos que é mais fácil o PSB se juntar a Chica Motta do que a Lenildo Morais? Por uma razão muito simples. Uma votação decepcionante de uma chapa de esquerda, o que não muito difícil acontecer diante da tradicional polarização das eleições locais, deixaria patente a pouca influência do governador no pleito local. Ou, como se dizia antigamente, contaria os votos de que dispõe o governador em Patos. Para o PSB o mais interessante seria se juntar a um dos dois candidatos com maior chance (Dinaldinho ou Chica/Nabor) e posar de fiel da balança. Claro que para a cidade seria interessante o surgimento de uma terceira força que abalasse o favoritismo dos dois grupos dominantes da política local. Seria um fenômeno político que acreditamos dificilmente possa acontecer em termos atuais. Pode até ser que das eleições deste ano surja uma promessa de terceira força (quem sabe o dr. Erick Djan) com fôlego suficiente para se tornar competitivo daqui a quatro anos. Patos tem uma tendência de eleger na eleição seguinte o derrotado da eleição anterior, mas que eu me lembre, nenhum candidato a terceira via tentou uma segunda vez. Vamos esperar para ver. PMDB diz quem será seu cabeça de chapa, no próximo domingo. PSB promete uma definição de com quem marchará, até o final do mês.
Outra versão para a chapa do PMDB de Patos.
By Luiz Gonzaga Lima de Morais | 08/06/2016
Um antigo vereador patoense, com quem me encontrei na manhã desta quarta-feira, contestou a informação de que o PMDB lançaria Francisca como candidata à reeleição e, mais próximo às eleições, substituiria o seu nome pelo de Nabor, evitando que uma possível condenação judicial do ex-prefeito durante a campanha o tornasse inelegível. Segundo meu ouvinte e amigo, Nabor é que seria lançado candidato do PMDB, aproveitando a onda de que ele é mais competitivo do que Francisca Motta. Seria na base do “se colar, colou”. Se mais adiante fosse tornado inelegível, Nabor se faria de vítima e lançaria o nome de Francisca Motta, que as estas alturas, com o partido mobilizado, se teria tornado mais palatável ao eleitorado. É esperar para ver. Domingo a gente vê quem tinha razão. Embora só o futuro possa garantir se a estratégia realmente surtiu efeito. Existem pesquisas e mais pesquisas para controle interno, mas só Deus sabe qual das versões que vazam merece fé. E muitas vazam como balão de ensaio ou para iludir os adversários.
Pode acontecer reviravolta política também em Catingueira.
By Luiz Gonzaga Lima de Morais | 10/06/2016
Depois da reviravolta em Mãe Dágua, onde oposição e situação fecharam um acordo e vão formar chapa única nas próximas eleições, os comentaristas políticos se voltaram para Catingueira onde também podem acontecer novidades na campanha deste ano. Inicialmente era dado como certo que três chapas disputariam as eleições deste ano. Uma encabeçada por Larissa Félix (PSDB), filha do ex-prefeito Edvan Félix, outra encabeçada pelo ex-prefeito Odir Pereira Borges Filho (PMDB) e uma terceira encabeçada pelo empresário Wellington Pires (PSB). Nos últimos dias ficou praticamente acertado um acordo entre Wellington Pires e Edvan Félix. Pelo acordo, Wellington será candidato a prefeito e Larissa candidata a vice-prefeita. O acordo garantiria o apoio a Wellington de sete dos vereadores mais votados de Catingueira, podendo chegar a oito, dependendo de processo que se move contra o atual presidente da Câmara, Lindeilton Leite. Se Lindeilton que é partidário de Odir, perder o mandato quem assume a vaga aberta por sua saída é Emídio Chagas, primo de Edvan e que apoiaria a candidatura de Wellington. O grupo de Edvan/Wellington além de mais um vereador ganharia também a presidência da Câmara que seria ocupada por Humberto Pires, também ligado ao grupo. O enfraquecimento do grupo de Odir, que inicialmente equilibrava a disputa entre os três, poderia levar à desistência de Odir. Segundo se comenta, Wellington é favorito na zona rural e a disputa se faria maior na cidade, desequilibrada agora com o acordo entre Wellington e Edvan. Wellington, segundo pessoas ligadas a ele, deve passar o fim de semana em Catingueira, e poderá inclusive procurar Odir, de quem é amigo pessoal, para tentar um acordo global, entre os três grupos.
Muitos acordos deste tipo devem acontecer nas eleições deste ano, devido às campanhas cada vez mais caras e a crise econômica que preocupa a todos. A choradeira é geral, principalmente entre os prefeitos das cidades pequenas, o que podem levar muitos a fazer acordos com a oposição, a exemplo do que já aconteceu em São Mamede e Mãe Dágua. Há quem diga, inclusive, que já haveria a costura de um acordo em Santa Luzia, embora as conversas sejam tratadas dentro do maior sigilo. Uma tônica dos acordos é montar uma chapa em que um dos grupos indica o candidato a prefeito e o outro o candidato a vice, assim como, em alguns casos, a divisão dos principais cargos comissionados.