(veja comentário no final)
O STF (Supremo Tribunal Federal) enviou para o juiz Sergio Moro procedimentos que envolvem na Lava Jato os ex-ministros Edinho Silva (Comunicação Social), Jaques Wagner (Casa Civil), Ideli Salvatti (Direitos Humanos), além do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
Eles foram citados por delatores da Lava Jato, mas como foram afastados do governo com o avanço no Senado do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e perderam foro privilegiado, não precisam mais ser investigados no Supremo.
O inquérito de Edinho foi aberto a partir da colaboração do empreiteiro Ricardo Pessoa que afirmou aos investigadores que entendeu, ao conversar com o ex-ministro da Comunicação sobre recursos para a campanha eleitoral de Dilma, em 2014, que o esquema de pagamento de doações para obtenção de obras na Petrobras continuaria em um eventual segundo mandato da presidente.
Foram enviadas ainda para a Justiça do Paraná duas apurações envolvendo o ex-ministro Jaques Wagner. Uma delas envolvia o ex-presidente José Sérgio Gabrielli a partir da colaboração do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Segundo o relato, que a campanha do então candidato Jaques Wagner (PT) ao governo da Bahia em 2006 foi beneficiada com recursos desviados da Petrobras. Cerveró disse que o apoio financeiro dado por José Sergio Gabrielli, na época presidente da Petrobras, foi o que permitiu Wagner sair da condição de azarão para vencer a eleição. Gabrielli, ainda de acordo com Cerveró, só alcançou o comando da estatal porque teve o apoio de Wagner.
Outra apuração trata da ex-senadora e ex-ministra Ideli Salvatti. Cerveró afirmou que ela interferiu na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, para renegociar uma dívida de R$ 90 milhões que a transportadora Dalçoquio tinha com a estatal. Ele afirmou que “‘imagina que a ministra Ideli e outros políticos’ receberam propina pelo negócio”.
(Folha de São Paulo)
Comentário do programa – É por isso que tem gente querendo calar a Operação Lava-Jato. Mas continua válida a sabedoria popular. “Quem não deve, não teme”. Quem tem medo da Lava-Jato é porque “tem o rabo preso”. Quem for inocente vai ter oportunidade de provar a sua inocência. (LGLM)