A operação é de paciência, como quem constrói um castelo de cartas. Um descuido e todas caem por terra. É assim que tem sido a articulação entre lideranças do PSD, PSDB e PMDB visando as eleições deste ano, mas sem perder de vista o pleito de 2018. Fontes peemedebistas e tucanas confirmam o avanço nos entendimentos: “Está fechado, pode acreditar”, disse uma delas em contato com o blog.
Alguns pontos fora da curva ainda incomodam, principalmente quando 2016 olha para 2018. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) aceita uma composição para apoiar o também senador José Maranhão (PMDB) daqui a dois anos. Mas aí surgem dois problemas: caso se reeleja, o prefeito Luciano Cartado (PSD) se cacifa para um projeto estadual. Por outro lado, caso decida concluir o mandato, prejudicaria Manoel Júnior (PMDB), a opção peemedebista para vice.
Os tucanos formularam uma proposta para os peemedebistas, levando em consideração que o adversário comum é o governador Ricardo Coutinho (PSB). Eles concordam em abrir mão de indicar o vice na chapa que deverá ser encabeçada pelo prefeito Luciano Cartaxo, desde que o PMDB decida ocupar o posto. O acordo de agora se prolongaria para 2018 e o senador José Maranhão já estaria convencido das vantagens. Falta Manoel Júnior abraçar o projeto.
“O senador José Maranhão está mais perto ou mais longe de Ricardo Coutinho depois dos últimos acontecimentos?”, questionou uma fonte ouvida pelo blog. Há muitas pontas soltas pelo caminho. Há um objetivo comum, que é evitar o crescimento do poderio de Coutinho. Há uma equação viável para este ano, porém, permanece a incógnita em relação a 2018. Ainda há muitas cartas para serem colocadas na base do castelo e quem apostar no chapão tem grande chance de sair ganhando.
(Do blog de Suetoni, no portal do Jornal da Paraíba)