Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal acompanharam o desembarque em Patos dos trabalhadores que foram resgatados em Lajeado no Rio Grande do Sul, após serem encontrados em condições de trabalho degradante . Eles estavam sendo alojados na caçamba de um caminhão, no qual havia uma cela onde eram trancados pelos empregadores quando não atingiam metas de venda. Como eles receberam lá no Rio Grande Sul o dinheiro correspondente aos seus direitos trabalhistas, havia o temor de que tomassem deles este dinheiro quando eles chegassem a Patos. Inclusive o Ministério Público do Trabalho teria recebido uma denúncia de que os empresários para quem eles trabalhavam e que haviam sido obrigados a pagar os direitos trabalhistas deles teriam mandado gente recebê-los em Patos para tomar o dinheiro, motivo pelo qual Procuradores do Trabalho, comandados pelo procurador Raulino Maracajá, com a apoio da Polícia Federal, acompanharam estiveram presentes no seu desembarque em Patos.
Segundo a procuradora do trabalho, Marcela Asfóra, os dois empregadores também são paraibanos e foram detidos na cidade de Lajeado (RS). Eles foram obrigados a pagar um valor em rescisão aos trabalhadores e a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC).
De acordo com as investigações, trata-se de uma rede de agentes que aliciam os trabalhadores aqui no Estado e, ao chegar ao destino, os submetem a péssimas condições de trabalho e punições. O MPT está investigando o caso e pretende descobrir como essa rede está articulada para evitar que outros trabalhadores paraibanos sejam vítimas desse golpe.