(Veja comentário no final)
A autorização do saque de uma parcela do FGTS para que trabalhadores possam quitar empréstimos com bancos está sendo estudada pelo governo Michel Temer para tentar acelerar a recuperação da economia brasileira.
Outra medida sob análise do Palácio do Planalto é a liberação de recursos que os grandes bancos depositam obrigatoriamente no Banco Central, os depósitos compulsórios, para usá-los no refinanciamento de dívidas de pessoas jurídicas e físicas.
As duas propostas, que ainda dependem de um acerto final entre Temer e o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), buscam combater o que é visto como um dos principais entraves para a retomada do crescimento: o endividamento de empresas e consumidores.
Comentário do programa – A primeira proposta, liberação do FGTS, parece-nos perigosa. O brasileiro é imediatista. Vai abrir mão da poupança em que se constitui o FGTS, para assegurá-lo por algum tempo em caso de desemprego, para quitar dívidas e abrir caminho para novas dívidas. No fim, nem mel nem cabaço. Ao ficar desempregado nem tem mais FGTS, nem tem como pagar as novas dívidas. A segunda medida, vai depender de um controle muito bem feito pelo governo federal. Os bancos podem desviar estes recursos para empréstimos com juros bem próximos aos antigos ou com exigências que terminem onerando o cliente, quase tanto quanto já estavam onerados. (LGLM)