Senado aprova reforma do ensino médio, que segue para sanção

By | 11/02/2017 8:40 pm

 

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) a chamada Medida Provisória do Novo Ensino Médio, com segmentação de disciplinas segundo áreas do conhecimento e implementação do ensino integral. Foram 43 votos favoráveis e 13 votos contrários ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 34/2016, proposta originada após alterações promovidas na MPV 746/2016 pela comissão mista e pela Câmara dos Deputados.

Dentre outras alterações, o texto aprovado aumenta a carga horária das atuais 800 horas anuais para 1.000 horas e divide o currículo entre conteúdo comum e assuntos específicos de uma das áreas que o aluno deverá escolher (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica). A matéria segue agora para sanção presidencial.

O relator da matéria foi o senador Pedro Chaves (PSC-MS). De acordo com o texto aprovado, o currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e por “itinerários formativos” correspondentes às seguintes áreas do conhecimento: linguagem e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas; e formação técnica e profissional. Das 568 emendas apresentadas à medida provisória por senadores e deputados, o relator acolheu parcial ou totalmente 148.

Cada sistema de ensino organizará essas áreas e as respectivas competências e habilidades esperadas do aluno segundo seus próprios critérios. Poderá haver uma integração de componentes curriculares da base comum com disciplinas dessas áreas e, após a conclusão de um itinerário formativo, os alunos poderão cursar outro, se houver vaga.

Todas as regras valerão para as redes de ensino público e privado, mas o cronograma de implantação terá de ser elaborado no primeiro ano letivo seguinte à data de publicação da BNCC. A implementação, entretanto, ocorrerá no segundo ano letivo depois da homologação dessa base curricular.

Português e Matemática continuam obrigatórios nos três anos do ensino médio, assegurado, às comunidades indígenas, o ensino de línguas maternas.

O texto reinclui como disciplinas obrigatórias Artes e Educação Física, que tinham sido excluídas pelo texto original da MP. Entre as línguas estrangeiras, o Espanhol não será mais obrigatório, ao contrário do Inglês, que continua obrigatório a partir do sexto ano do ensino fundamental.

Já as disciplinas de Filosofia e Sociologia, que tinham sido excluídas pelo Poder Executivo, passarão a ser obrigatórias apenas na BNCC, assim como Educação Física e Artes.

(Agência Senado)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

3 thoughts on “Senado aprova reforma do ensino médio, que segue para sanção

  1. Ataimar Nóbrega LucenaAtaimar Nóbrega Lucena

    REFORMA DO ENSINO MÉDIO: UMA REFORMA EQUIVOCADA – Se o MINISTRO DA EDUCAÇÃO usasse pelo menos 1% da sua cabeça animal, começaria a reforma do ensino no país com projetos pedagógicos voltados para melhoria do processo ensino/aprendizagem na pré-escola(1 a 3 anos), 1a. fase do ensino fundamental(1o. ao 5o.) e 2a. fase do ensino fundamental(6o. ao 9o. ano). Justificativas: Os alunos das escolas públicas terminam a PRIMEIRA FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL(1o. ao 5o.) sem saber ler e interpretar textos simples, e também sem dominar as operações fundamentais da Matemática. Começar a reforma pelo ENSINO MÉDIO equivale a enxugar GELO ou derreter o dinheiro público. Entendo que, o ensino médio deverá ser a SEGUNDA ETAPA nesse processo que exige reformas céleres e de qualidade.

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  2. Gracinha NobreGracinha Nobre

    Concordo com sua opinião. Realmente é o que acontece com os alunos do Fundamental l e ll. Há dois anos me aposentei como professora de Língua Portuguesa e sentia exatamente a dificuldade que os alunos sentiam no que diz respeito às interpretação de textos.

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