A precariedade no atendimento para aos cidadãos que buscam a Delegacia (Agência local) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para resolver questões inerentes ao órgão ainda causam revolta na cidade de Patos. A reclamação maior está na solicitação da Carteira de Trabalho devido a falhas no sistema e também ocasionadas pelo pouco número de funcionários para a demanda de dezenas de municípios no sertão da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e até do Ceará.
Nesta terça-feira, dia 04, a senhora Kirla Gomes se indignou ao buscar a retirada da 2ª via de sua Carteira de Trabalho na delegacia (agência local) do MTE/Patos. Ela disse que está a quase uma semana tentando conseguir êxito, mas tem enfrentado problemas no atendimento. “A gente tem que chegar aqui duas três horas da manhã. Quando a gente chega às vezes tem um cartaz ali fora dizendo que não vai ser atendido. Isso vai a semana todinha. Quando foi hoje, as pessoas de ontem vieram para ser atendidos hoje…só é uma pessoa para atender. Tá um descaso! ”, relata Kirla.
A chefe substituta da Delegacia (agência local) do MTE, Janicleide Oliveira, confirmou as dificuldades devido a precariedade dos equipamentos, poucos funcionários e internet com velocidade incompatível com a necessidade do órgão. A chefe disse que são atendidas 20 pessoas por dia das 07 às 13h30. Janicleide comentou que as soluções dos problemas estão além da força de vontade local, pois dependem de decisões superiores.
Com a solidariedade do Ministério Público do Trabalho (MPT) poderá ser melhorada a velocidade de internet. O MPT funciona no mesmo prédio da delegacia do MTE e vai emprestar a internet com mais velocidade à delegacia.
(Jozivan Antero – Patosonline.com)
(+) Comentário do programa – A precariedade no atendimento na agência local do Ministério do Trabalho vem de muito tempo. Principalmente por falta de funcionários. Até 2015 havia três funcionários efetivos. Com a aposentadoria de Aluce Nóbrega ficaram apenas dois. Foram conseguidos dois outros cedidos por outros órgãos públicos, mas mesmo assim eram insuficientes, por conta da grande área geográfica atendida pela agência de Patos. Com a licença da atual chefe da agência (Delegacia só em João Pessoa), em licença-maternidade, e o retorno de uma funcionária cedida, para sua repartição de origem, o contingente voltou a apenas dois funcionários, além de uma serviços-gerais e uma recepcionista terceirizadas. A precariedade continua. E o problema não é só na emissão de carteiras. Também não há quem faça a homologação das rescisões de contratos de trabalho, obrigando periodicamente a que se desloque um auditor fiscal, de João Pessoa, para fazer homologação em Patos. A Superintendência em João Pessoa, sabe da situação e tem feito de tudo para resolver os problemas. Inclusive está fazer todo esforço para ver se o Estado passa a emitir carteiras profissionais, através da Casa da Cidadania, que aqui funciona no Shopping SEBRAE. Aa casas da cidadania já emitem carteiras em João Pessoa, Campina Grande e Guarabira. (LGLM)