Não se deslumbre com a beleza das coisas dando-lhe mais valor do que o seu próprio valor de matéria.
Tudo o que é material tem um estado momentâneo de beleza. E toda beleza produzida, por mais que tenha brilho, é pobre, efêmera, mortal.
A beleza da alma, não; ela é rica e eterna. O joalheiro que teceu essa riqueza a fez para vencer os rigores do tempo. Ela incomparável, incontestável. Nenhuma riqueza ousa competir com sua beleza e grandiosidade.
A beleza que os olhos captam é fantasiosa, circunstancial e brevemente substituída por outra.
A beleza interior é real e imperecível.
São prodígios inalcançáveis com mãos e olhos, mas alcançáveis pela sensibilidade aureolar.
Quanto mais você a possui mais enriquece e torna-se mais realizado e feliz!
(Do livro “Pequenas Lições de Sabedoria”, de Inácio Dantas, publicado pela Editora Vozes)