Meirelles deve ficar em eventual transição e surge como presidenciável

By | 21/05/2017 5:23 am

 

Atracado ao cargo, o presidente Michel Temer mostra-se mais aguerrido do que se poderia imaginar na defesa de seu mandato. Há motivos óbvios, vale mencionar a proteção do foro especial.

O peemedebista diz que fica, e a crise faz a economia sangrar. Aliados próximos dizem que essa gestão não tem mais como levar adiante a agenda de reformas no Congresso. O Palácio do Planalto vinha contando diariamente os votos para a nova Previdência sem a convicção de ter atingido o número necessário até então. Agora, não há o que contar: o relator da proposta diz que inexiste espaço para avanço legislativo.

A máquina pública, já em ritmo lento por causa dos solavancos provocados a cada delação envolvendo ministros e parlamentares, agora para. Dela dependem importantes iniciativas para viabilizar concessões e (parcos) investimentos públicos.

A volatilidade nos preços dos ativos financeiros (embora mais contida na sexta) encarece o custo das empresas, e a perspectiva de crédito para negócios e famílias tende a piorar com a estridência das incertezas. A chance de a atividade seguir para o terceiro ano de recessão é concreta.

Na quinta-feira apocalíptica, Henrique Meirelles (Fazenda) tentou serenar investidores. Houve a sinalização de permanecer na condução da política econômica caso o presidente seja obrigado a deixar o Jaburu. Políticos da confiança de Temer desenham cenários sucessórios diversos, com a figura de Meirelles sempre central na economia.

O ministro também é queridinho do mercado e dos donos do PIB para o Planalto no caso de eleição indireta. Há quem ache que ele teria estatura política suficiente para uma candidatura se o pleito se der com a escolha da população.

Temer é investigado por obstrução de Justiça, corrupção e organização criminosa. Sem uma solução rápida, a economia pode colapsar. Independentemente do desfecho, parece estar claro quem fica.

(+) Comentário do programaPrestem atenção a este nome: Henrique Meireles. É responsável pelo começo de recuperação econômica do Brasil. É uma espécie de avalista da economia junto aos empresários. Pode ser o próximo presidente, seja em eleições indiretas, seja em eleições diretas. Uma restrição ao seu nome: vai tentar aprovar as reformas trabalhista e previdenciária, tão do interesse dos empresários mas que trará vários prejuízos aos trabalhadores. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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