(Jozivan Antero, no Patos Online)
Desde o final do mês de junho e início de julho, os trabalhadores contratados do Hospital Regional de Patos e do Hospital Infantil estão trabalhando assustados com mais uma onda de demissão por parte do Governo do Estado da Paraíba.
De acordo com informações extraoficiais, as demissões podem chegar a mais de 30 quando somados os dois hospitais. Uma enfermeira que trabalhava há mais de 7 anos prestando serviço no Hospital Infantil Noaldo Leite disse que foi pega de surpresa com a demissão.
Relatos dão conta que as demissões atingiram maqueiros, enfermeiros, auxiliares de limpeza, recepcionistas, técnicos de enfermagem, dentre outros. Os trabalhadores alegam questões meramente políticas para tais demissões. “Alguns haviam sido indicados por políticos ligados a Ricardo Coutinho, mas, após as eleições, os que estavam com Ricardo Coutinho passaram para o lado de Dinaldinho e quem paga o ‘pato’ somos nós”, relatou um trabalhador demitido do Hospital Regional.
“O pior de tudo é que estão contratando profissionais novos sem qualificação na vaga dos que foram colocados pra fora. Não tem rotina do setor e atrasando totalmente o atendimento. Me entristece isso!”, relatou um profissional do Hospital Infantil que pediu para não ser identificado.
Os trabalhadores contratados têm funcionado como moeda de troca a cada eleição. Passado o período eleitoral e ocorrendo os ajustes de quem fica do lado de quem nos municípios e no estado, as demissões começam a ocorrer com os que foram indicados por políticos que buscam acomodações em nível local e estadual.
Comentário do programa – É admissível a demissão de um funcionário se ele está “sobrando”, “sem fazer nada”, ou se ele não está desempenhando de forma desejável as suas funções. Dispensar um servidor por perseguição a ele ou a quem o indicou, é crueldade e burrice. Burrice por que o governante, ao retaliar quem indicou aquele fnucionário, pode está perdendo um eleitor e ganhando um inimigo. Alguns meses atrás o Governo do Estado fez demissões com intuito persecutório e teve que recontratar o servidor ao constatar a injustiça que tinha cometido. A ganância de alguns representantes locais do Governo do Estado por cargos para acomodar seus amigos, pode trazer mais prejuízo que lucro para o governador. (LGLM)