- Por COORDECOM Sábado – 26 de Agosto de 2017
Depois de boatos divulgados por um site da cidade, da existência de uma criança portadora de Leishmaniose Visceral (calazar), profissionais do setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com o Secretário Adjunto da Saúde, Wendel Palmeira, e o Secretário de Agricultura, João Paulo Lacerda, que é médico veterinário, se dirigiram a residência da pessoa citada e iniciaram uma investigação a fim de detectar se a pessoa era realmente portadora da doença. O Gerente de Vigilância em Saúde, Larrimer Morais, iniciou buscas através do SINAN (Sistema Nacional de Agravos de Notificação) e não encontrou nenhuma notificação da doença na cidade de Patos. Em seguida tentou contato com a denunciante através de um número de celular disponibilizado no site, o qual não pertencia a esta mulher, foi quando toda a equipe foi à casa da senhora e começaram as buscas por sintomas e diagnóstico.
Nesta sexta-feira, (25/08) as equipes o conduziram ao Centro de Especialidades Frei Damião e o Dermatologista Dr. Lívio Egito fez os primeiros exames e clinicamente descartou a possibilidade da doença. Mesmo assim solicitou exames laboratoriais que foram realizados de diversas especialidades e todos deram “negativo” descartando qualquer possibilidade da Leishmaniose Visceral. O Gerente de Vigilância em Saúde, Larrimer Morais tranquiliza a população garantindo um completo e minucioso acompanhamento em todos os casos de doenças contagiosas no município.
Comentário do programa – O calazar é transmitido através do mosquito-palha e tem como mais frequente fonte de contaminação os cães que, uma vez infectados, podem ser picados pelo mosquito que em seguida, se picarem um humano, vão transmitir o protozoário. Não há transmissão direta de humano para humano, nem de animal para animal. A transmissão se faz através do mosquito. Por isso é importante o controle dos cães vadios. Um cão infectado pode, através do mosquito, infectar outro cão, que uma vez picado poderá infestar outro cão ou um humano. E assim por diante. Observe-se que nem todo cão estará infectado. Mas um cão infectado pode ser fonte de infecção para seres humanos ou animais. A Secretaria de Saúde do Município está atenta ao problema e está orientando a população para os cuidados a serem tomados. O calazar é curável desde que tratado a tempo. Como medida preventiva, a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Agricultura do Município estão fazendo testes com todos os cães recolhidos ao Abrigo Municipal para verificar a incidência de calazar entre eles. Um cão infectado, como dissemos, é fonte de futuras infecções, e uma forma de evitar que haja ameaças para a população é tirá-los de circulação. As apreensões continuarão e todos os animais passarão por testes, inclusive para verificação do índice de infestação entre eles. Vale ressaltar que, enquanto a leishmaniose visceral (calazar) pode ser curada nos homens, não se pode curar nos animais. (LGLM)