Desde a tarde do domingo passado que o Lixão de Patos voltou a incomodar a população da cidade Patos. Um incêndio de origem muito provavelmente criminosa tem provocado uma fumaça quase insuportável que irrita olhos, nariz e garganta e inferniza a vida dos patoenses. Uma força tarefa foi formada pela administração logo no domingo para combater o incêndio e suas consequências. Secretários, funcionários, bombeiros e voluntários, coordenados pela Defesa Civil, se uniram no combate ao fogo. Tratores, moto-niveladoras, caçambas e carros-pipa têm sido usadas desde então para apagar as labaredas e o fogo delas decorrentes. Até este final de semana, as chamas estavam quase completamente apagadas, mas o lixo continuava a queimar e a incomodar. As partes mais rasas do depósito de lixo foram completamente apagadas, com água e terra, mas resta um depósito de grande profundidade, em torno de dez metros de aterro, que continua a resistir. Centenas de viagens de carros-pipa conseguiram apagar o fogo. Centenas de caçambas conduzindo terra conseguiram abafar o “fogo de monturo”, mas nem a água nem a terra tem podido apagar completamente este depósito mais profundo. E a fumaça que daí emana continua a incomodar. Os trabalhos continuam e a administração não desistirá enquanto o problema não for resolvido.
Entretanto, enquanto existir aquele Lixão, o problema será recorrente. Praticamente desde que ele existe, acontecem incêndios, espontâneos ou provocados, mas este talvez tenha sido o maior deles. A tão esperada solução só virá quando o Lixão for abolido e substituído por um aterro sanitário e uma coleta seletiva que reduza a quantidade de resíduos sólidos que a cidade continua a produzir em volume cada vez maior. Isto passará pela construção do aterro e pela educação da população para selecionar o lixo e facilitar o trabalho de destinação dos resíduos. A atual administração tudo fará para resolver o problema que as duas últimas administrações só “empurraram com a barriga”, perdendo inclusive recursos que poderiam ter resolvido o problema.
Para facilitar a mobilização de homens e máquinas, assim como mobilizar os recursos necessários para isso, o prefeito Dinaldinho Wanderley decretou Situação de Emergência Ambiental, instrumento legal que lhe faculta a legislação pátria. (LGLM)