Diante da inviabilidade da UPA regional, só resta à administração dar outra destinação ao prédio abandonado do Jatobá

By | 03/09/2017 7:05 am

 

Os moradores da rua Solon Medeiros, no bairro do Jatobá, convivem com um “elefante branco”, em que se constitui a chamada Upa do Jatobá. Aquela unidade médica se destinava no projeto a atender aos municípios da região polarizada por Patos, enquanto a UPA do chamado Campo da Liga, tinha como finalidade atender a população da cidade de Patos. A UPA do Campo da Liga está aí funcionando e atendendo satisfatoriamente a sua finalidade. A UPA do Jatobá está com as obras paralisadas há um bom tempo. E o que é pior. Consumiram toda a verba destinada à sua construção e à aquisição dos equipamentos necessários ao seu funcionamento. E o Governo Federal não se dispõe a destinar mais recursos para ela. Diante disso, restará para o município de Patos devolver o dinheiro recebido e ficar com o “elefante branco”. Diante disso, os altos escalões do Ministério da Saúde em Brasília sugeriram uma alternativa ao prefeito Dinaldinho Wanderley numa das suas últimas viagens a Brasília. Devolver o dinheiro recebido para a construção da obra, não concluída, e receber de volta valor suficiente para equipar um Centro de Especialidades, semelhante ao Frei Damião. O Centro atenderia ao grande Jatobá (Jatobá, Monte Castelo, Mutirão, Alto da Tubiba e adjacências) e poderia atender outras cidades da região que pactuassem com a administração local, destinando recursos para a manutenção do Centro. Com isso ganhará o Jatobá e as cidades do entorno de Patos que queiram utilizar os serviços especializados do Centro, de que dificilmente disporiam isoladamente, desde que se disponham a participar das despesas de sua manutenção. Despesas que certamente serão muito menores do que as que teriam com a pretensa UPA regionalo. Por sinal, tem sido o alto custo das UPAs regionais que tem afugentado os pequenos municípios da sua manutenção pela Brasil afora, conforme matéria jornalística divulgada há pouco tempo pela rede Globo. Centenas de UPAs não concluídas ou fechadas por dificuldades para sua operacionalização.

Apesar de a comunidade do Jatobá e adjacências ter, em reunião com participação de representantes de toda a comunidade, concordado com a mudança de finalidade da UPA, algumas lideranças municipais, que se ausentaram daquela reunião e não participaram das discussões, têm contestado a decisão que fora acatada pelo Conselho Municipal de Saúde. Segundo o presidente do Conselho a decisão acatada prevalecerá. Decisão contrária inviabilizaria o Centro de Especialidades e dificilmente tornaria a UPA regional realidade, já que, do ponto de vista financeiro seria inviável a conclusão e funcionamento desta, o que é admitido pelo próprio Ministério da Saúde, já que a sua manutenção teria que ficar a cargo de pequenos municípios. Situação que se repete pelo Brasil afora. Vamos esperar que prevaleça o bom senso e que tais obstáculos não impeçam que se concretize a implantação, o mais rápido possível, do Centro de Especialidades, já que até uma mudança de Governo pode provocar a entrada de autoridades menos sensíveis aos nossos pleitos. (LGLM)

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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