(no Painel da Folha)
A simpatia dos jovens por Jair Bolsonaro tornou-se motivo de preocupação para o PT, que agora traça estratégias para minar o potencial do rival nessa fatia do eleitorado. A sigla identificou que, sem Lula na disputa pelo Planalto, parte dos jovens que o apoia migra para o deputado. Embora não faça sentido para os que ainda se aventuram na análise partidária/ideológica tradicional, o movimento, para o partido do ex-presidente, é prova do descolamento entre a sociedade e a política.
Em análises internas, petistas avaliam que entidades como a UNE, que antes faziam a ponte da legenda com os estudantes, perderam representatividade em parcela expressiva da juventude. Para tentar reverter esse fenômeno, o partido tenta se reconectar a diretórios estudantis —onde o PSOL passou a ter forte presença.
Segundo a última pesquisa Datafolha, publicada em outubro, Bolsonaro alcança sua melhor marca entre os eleitores de 16 a 24 anos: 24%. Lula também. Ele chega a 38%. Sem o nome do petista na urna, o deputado oscila para 27%.