(Jozivan Antero, no Patos Online)
Um dos assuntos mais corriqueiros dos últimos dias tem sido mesmo a falta de água e a possibilidade de colapso total no abastecimento em Patos e na região.
Com os reservatórios muito abaixo da capacidade e os problemas enfrentados pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, Regional das Espinharas (CAGEPA/Espinharas), os patoenses têm feito ligações telefônicas diariamente para as rádios reclamando de falta de água em locais específicos há vários dias.
De acordo com informações oficiais, a cidade de Patos necessita de 1.600 metros cúbicos de água por hora (m³/h), no entanto, a ofertada em média está em 1.200 (m³/h). A baixa quantidade tem se dado por várias questões, dentre estas estão o baixo volume de água nos mananciais, problemas na Adutora Coremas-Sabugi, quebra de equipamentos e falta de energia elétrica em setores da própria adutora.
Nos meses de novembro e dezembro de 2017, o consumo de água na cidade de Patos e região alcançou níveis altos devido ao calor excessivo no período. Com elevado consumo e oferta baixa, a cidade ficou desabastecida causando transtornos nas localidades mais altas e distantes dos reservatórios. Bairro dos Estados, próximo ao Presídio Regional Procurador Romero Nóbrega, Vista da Serra no Bairro Monte, Jardim Guanabara, Jardim Nova Brasília no Bairro Salgadinho, dentre outros, são os mais afetados.
O gerente da CAGEPA/Espinharas, Maciel Damaceno, disse que os meses de novembro e dezembro foram registrados uma quantidade grande de estouramentos na adutora Coremas-Sabugi. A quebra de equipamentos como bombas foi também um causador de problemas, pois as bombas são levadas para João Pessoa que conserto devido à complexidade da mão de obra. Maciel relatou que a Concessionária de Energia Elétrica Energisa também demorou bastante para atender à solicitação da CAGEPA para ser ágil na solução para que a energia fosse restabelecida na estação entre Malta e o Distrito de Santa Gertrudes, bem como na própria captação na cidade de São Bentinho.
A cidade de Patos e região estão sendo abastecidas quase que totalmente pela adutora Coremas-Sabugi. O Açude Jatobá secou por completo, a Barragem da Farinha só tem água para os próximos oito dias. A Barragem da Capoeira se encontra em situação também crítica, mas segue fornecendo água para complementar o abastecimento em Patos.
A esperança dos sertanejos é de que o período chuvoso esperado para 2018 seja bom e que reponha a água nos mananciais. Nos últimos anos, as chuvas não foram suficientes para fazer a recarga total dos principais reservatórios.
Comentário do programa – E Jozivan ainda esqueceu de uma das agravantes da questão. Além de todos os problemas indicados ainda há a atitude inconsequente de muita gente desperdiçando água. Uma maior consciência da população poderia não impedir que os problemas de falta dágua acontecessem mas certamente minimizaria muito estes problemas. (LGLM)