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Meu bê-á-bá Sob forte desconfiança de siglas que sustentam o governo, Henrique Meirelles fechou o discurso que fará no evento do MDB desta terça (22), quando assume o posto de presidenciável. Ele diz ter um plano para o aumento da produtividade que, alinhado a um conjunto de reformas, faria a projeção do crescimento médio dos próximos anos saltar de 2% para 4%. E o eleitor vai compreender a fala? “A melhor política social que existe é a geração de emprego. Isso todo mundo entende”.
Caminho do meio Aos que dizem que o MDB só topou lançá-lo candidato depois que seu principal estandarte, a economia, tremeu com a alta do dólar, o ex-ministro da Fazenda responde que, se houve arrefecimento, ele se deve à proeminência do que chama de “candidatos dos extremos”. “Isso só reforça nosso discurso de continuidade nas reformas“, diz.
Em marcha A ascensão de Meirelles ao posto de presidenciável vai fazer o MDB, até agora quieto, se mexer e tentar atrair outras legendas. Romero Jucá (MDB-RR) quer marcar uma série de encontros –especialmente com os partidos do centrão que procuram uma alternativa a Geraldo Alckmin (PSDB).
Devagar com o andor Na mira de Jucá estão PP, PR, PRB e Solidariedade. O nome do ex-ministro da Fazenda, porém, vai encontrar resistência nessas siglas. Dirigentes do centrão dizem que Meirelles tem pouca viabilidade porque o país não quer “um banqueiro” como presidente.
Quebre o cofrinho DEM, PP, PRB e Solidariedade continuam focados em encontrar rumo próprio. Nesta semana, integrantes dessas siglas voltam a se reunir com o PR para saber se o partido levaria adiante a candidatura de Josué Alencar (PR-MG) e se o empresário mineiro está disposto a pagar a própria campanha.
Blindados Enquanto não define seu destino, o grupo pressiona o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a se manter na disputa.
Na quinta-feira O nome de Nelson Jobim passou a circular como possível pré-candidato a presidente pelo MDB. Ele seria uma opção para bater chapa e derrotar Henrique Meirelles, candidato de Michel Temer.